Quando abril chegar o governador Helder Barbalho aperta o botão das mudanças no secretariado em função das exigências da legislação eleitoral e de suas conveniências políticas, como é praxe. O que se diz é que a atual secretária de Planejamento e Administração, Hanna Ghassan deverá assumir a Secretaria de Fazenda, embora seu nome tenha sido ventilado para a Casa Civil – ideia descartada diante do perfil tecnocrata de Hanna, que é auditora fiscal de carreira. A secretária e Educação, Eliete Braga, e a diretora do Detran, Renata Mirela, também deverão ser remanejadas para funções ainda não definidas, mas são nomes que orbitam a Casa Civil e a Secretaria de Planejamento.
A mudança do secretariado do governo pode trazer algumas surpresas – mas ainda não passa de especulação nos corredores palacianos -, como a saída de Giussep Mendes da presidência do Igeprev para atuar na campanha à reeleição de Helder. Essa previdência também teria o condão de tirar Giussep Mendes do foco das atenções, diante da gestão considerada “temerária” dentro da própria Procuradoria-Geral do Estado. O PGE Ricardo Sefer e Giussep Mendes alimentam mágoas profundas e mútuas capazes de respingar na administração estadual envolvendo atores habituados a operar nos bastidores do poder.
Expectativa está na
nomeação para a vaga aberta no TCE
Também para abril especula-se que o governador fará a indicação à vaga aberta no Tribunal de Contas do Estado com a aposentadoria do conselheiro Nelson Chaves. O nome que até o TCE sabe de cor e salteado é o da mulher do ex-secretário Parsifal Pontes, ex-deputada Ann Pontes, irmã do ex-delegado-geral da Polícia Civil Alberto Teixeira que, como Parsifal, trocou os pés pelas mãos e engrossou a romaria de falcatruas com dinheiro público durante a pandemia. Ann Pontes, ao ter o marido preso pela Polícia Federal, montou barraco em frente à casa do governador, no Condomínio Lago Azul. Disse cobras e lagartos, menos que estava pedindo emprego no TCE ou em qualquer cargo no governo.