Vídeos encaminhados à coluna mostram o acúmulo de águas das chuvas para além da praia do balneário, impedindo a mobilidade dos moradores e invadindo casas e pousadas, e as obras de construção de muro, na orla, igualmente solapadas pela maré/Fotos: Divulgação-Redes Sociais.

“Entra ano, sai ano, o problema só aumenta: com esses alagamentos e nenhuma medida de prevenção da prefeitura para o período chuvoso, nem grana a gente consegue arranjar para pagar a luz”. Esse é o desabafo do dono de uma pousada instalada na Praia de Ajuruteua, na cidade de Bragança, nordeste paraense, a cerca de 300 quilômetros de Belém.

Os problemas causados pelas chuvas estão virando marca registrada em Ajuruteua e, pelo visto, a Prefeitura de Bragança não consegue resolver.

Não são, necessariamente, águas de marés, que, quando combinadas com as chuvas, tornam a situação mais incômoda, afugentam visitantes e esvaziam o movimento nas pousadas em um dos balneários mais concorridos da região.

No curso dos últimos três anos, porém, a administração municipal se atém teimosamente a uma obra de proteção na orla que perde dois a cada três metros construídos, seja pelas chuvas, pelas marés ou pelas duas combinadas. De tão instável, a obra ganhou um apelido: “Calçada Sonrisal”.

Diferente do remédio, porém, vai do nada para lugar nenhum, tanto que nem a primeira etapa foi finalizada. “Dois dias eles trabalham, dois eles param”, reclamam moradores.

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