O resultado do segundo turno das eleições presidenciais é conhecido Brasil afora, embora não exatamente reconhecido, mas, seus reflexos, desdobramentos e efeitos colaterais parecem estar apenas começando, pelo menos no Pará.
Informações encaminhadas à coluna apontam que a equipe de monitoramento político responsável por ‘patrulhar’ servidores e lideranças políticas no Estado estaria produzindo relatórios contendo listas de servidores ocupantes de cargos DAS que não acompanharam as recomendações do governador Helder Barbalho de votar Lula presidente, independentemente de o candidato do PT ter saído vitorioso. Uma dela contém nomes de 17 servidores da Secretaria da Fazenda considerados ‘militantes ou apoiadores bolsonaristas’.
O preço da aposta
O que se diz é que o monitoramento cobriu todas as secretarias e autarquias do Estado no curso do segundo turno das eleições e as cobranças estão chegando aos poucos, mas seriam impiedosas, uma vez que preveem o afastamento dos cargos de confiança que, como se sabe, não são poucos. Digamos que se trata de um preço alto para aposta alta.
Foco bolsonarista
Um dos gestores que estariam passando aperto por conta das decisões que terão que adotar é o secretário da Fazenda, Renê Júnior, a quem caberá substituir gestores fazendários incluídos na ‘lista da degola’ por supostamente serem militantes e apoiadores do presidente derrotado Jair Bolsonaro.
Segundo fontes da coluna, os maiores ‘focos’ do chamado bolsonarismo foram identificados justamente no Fisco estadual e incluem diretores e coordenadores fazendários regionais e as substituições estão sendo apresentadas e avaliada pelo secretário.
Relação complicada
As imagens publicadas pela coluna são registro de reunião de gestores da Secretaria da Fazenda com o secretário Renê Júnior e o governador Helder Barbalho, antes do período eleitoral. O que se diz é que o difícil relacionamento entre o secretário e os auditores fiscais de carreira tanto ajuda quanto atrapalha em eventuais substituições. A lista a seguir não é uma produção aleatória da coluna, e sim a que teria sido produzida pelo grupo de monitoramento político do governo do Estado.