Helder, primeiro filho do governador Helder Barbalho, em vídeo de campanha do vice-prefeito de Ananindeua, Eric Monteiro, candidato à Assembleia Legislativa do Estado/Fotos: Divulgação-Redes Sociais-Whatsapp.  

A maledicência, mais popular do que as máximas, costuma atribuir ao ditado antigo a infame versão segundo a qual ‘quem sai aos seus não regenera’, mas, fique claro desde já, não é o caso. Trata-se do que se desenha como início da trajetória de mais um descendente da família Barbalho na vida pública, Helder Filho, o nº 1 do governador Helder Barbalho, bisneto de Laércio Barbalho e neto de Elcione, deputada federal, e Jader Barbalho, ex-governador e atual senador da República.     

Projeto familiar ao não, o adolescente Helder Filho estreou na vida pública dias atrás, rasgando elogios ao atual vice-prefeito de Ananindeua, Eric Monteiro, candidato à Assembleia Legislativa. Foi trôpego, mas, na medida do possível, contundente para o início de carreira. Visivelmente nervoso, o garoto deu seu recado, atando mais um nó na cadeia vertical da sucessão política e em meio ao emaranhado horizontal onde pontificam Barbalhos ocupando espaços em órgãos públicos, na própria máquina do governo e em tribunais, sem citar outros mais novos que estão em busca de um lugar ao sol na seara, como Nay Barbalho,  filha de Mara Barbalho, presidente do TCM, sobrinha de Jader e prima de Helder, candidata à Câmara Federal, onde a avó Elcione detém mandato longevo a ponto de se estender, além de José Priante. Na Câmara de Belém e na Assembleia há os primos Normando.

Linha do tempo

A linha do tempo aponta que já são 40 anos de intensa vida política da família Barbalho que, pelo visto, tende a continuar com Helder Filho e outros integrantes. Jader Filho, por exemplo, o nº 1 de Jader e Elcione, é presidente regional do MDB e, por enquanto, acumula a direção do gigantesco complexo empresarial de comunicações, o Grupo RBA, coincidentemente criado e fortalecido durante a vida política de seus principais acionistas, Jader Barbalho e Elcione Zaluth Barbalho. Nada autoriza dizer que ele não corre para dar seus primeiros passos na vida pública, oficialmente – que transita habilmente por lá todo mundo sabe.

Papo Reto

Divulgação
  • Márcio Miranda (foto) corre para se estabelecer como um dos principais líderes políticos na região nordeste do Pará, a partir de Castanhal, onde acaba de incorporar à sua campanha à Câmara Federal o prefeito Paulo Titan.
  • Em evento promovido neste final de semana no Clube Paraíso, em Castanhal, os organizadores da campanha de Márcio Miranda contabilizaram cerca de 6 mil pessoas. A aproximação com Titan ocorreu com a interferência do vice-prefeito Ênio Monteiro.
  • O ex-prefeito de Concórdia do Pará e candidato a deputado estadual Elias Santiago se envolveu em um acidente na manhã de ontem na PA- 252, trecho entre Acará e Moju.
  • Elias quebrou uma perna e um braço. Teve os primeiros atendimentos em Acará e já foi transferido para Belém.  Ele é o candidato a deputado estadual de Beto Faro para suceder Dilvanda Faro na Alepa.
  • A atual gestão da Universidade Federal Rural da Amazônia, a Ufra, é um caso que merece ser estudado. Começa que a união entre PL, Psol e PSTU de forma harmoniosa é no mínimo curiosa.
  • Seria interessante ver o deputado patrono da gestão, Eder Mauro, ao lado de Edmilson Rodrigues e Fernando Carneiro dividindo os palanques na visita de Bolsonaro ao Pará. Ou fazendo campanha para Beto da Fetagri Faro.
  • Assim: nos tempos da novela “O rei do gado” seriam os Mazengas unidos aos Berdinases arrumando a fazenda para uma visita de José Rainha.
  • A “Folha de São Paulo” censurou o comentário do paraense de Vigia josémariaLealpaes transcrito a seguir.
  • O título da reportagem da ‘Folha’ não deixa dúvidas: a exceção está no ar, a polícia chega a lares e escritórios mandada pelo juiz de sempre. Torniquete bancário para constranger, sigilos violados para humilhar e nenhum recurso legal reparador.
  • Sem lei que configure crime, tudo mais é capricho marginal ao ordenamento jurídico do País. Notas de jornal instruem o que nunca será processo, qual se pratica no mundo civilizado. E, assim, se ergue o estado democrático de direito à brasileira.