Não bastassem as dificuldades enfrentadas junto à população para levar o serviço a cabo, o IBGE é vítima da fúria de alguns prefeitos que têm redução populacional e correm risco de perder recursos federais, como se prevê acontecer no Pará/Fotos: Divulgação.

A população brasileira anda atarantada com os primeiros números da pesquisa do IBGE indicando que o Brasil, ao contrário dos prognósticos anteriores, está longe de alcançar os 215 milhões de habitantes, tendo de se consolar com cerca de 207 milhões, para mais, ou para menos.

Perguntas sem respostas

Os questionamentos são os mais variados e, por vezes, ‘cabeludos’: recenseadores mal remunerados e desinteressados no trabalho; computação a menor da população para melhorar os índices per capita de riquezas e os Índices de Desenvolvimento Humano; famílias brasileiras encolheram em número de filhos; mortalidade altas em função da pandemia de Covid-19; acidentes de trânsito, violência e doenças causadas pela vida moderna, dentre outras causas presumíveis.

Fala-se também em compra de pesquisa, onde prefeitos municipais pagam para inflar seus números, melhorando o Fundo de Participação dos Município repassado pelo governo federal – hipótese que não se sustenta -, mas uma das suspeitas mais recorrentes.

Na linha de corte

No Pará, cerca de 50 prefeituras podem ter seus FPMs alterados para menor com o resultado de perda de habitantes. Grande parte dessas prefeituras cuidam de reunir informações como matrícula escolar, cadastro do Bolsa Família, número de nascimento nos hospitais e aumento do eleitorado para questionar os números finais da pesquisa.

Perguntar não ofende

“Se todos os índices cadastrais aumentaram, como pode a população ter diminuído?”, questiona o presidente da Associação dos Municípios do Marajó e prefeito de Soure, Carlos Augusto (Guto) Lima Gouvêa, onde o número de habitantes permanece quase o mesmo desde o último Censo.

Papo Reto

Divulgação
  • A melhoria dos transportes, da segurança e da estrutura turística atraíram cerca de 30 mil pessoas no réveillon de Soure e Salvaterra, as cidades com maior concentração de turistas no Marajó.
  • As prefeituras já preparam programação dos festejos carnavalescos para daqui a um mês e meio.
  • A fortuna que o rei Pelé (foto) deixa à família está avaliada em mais de 100 milhões de dólares – muito pouco perto da fortuna de Neymar, que chega a US$ 200 milhões.
  •  Para efeito de comparação, Lionel Messi soma US$ 600 milhões, mas a maior fortuna é de Michael Jordan, do basquete, que soma US$ 2,2 bilhões, mesmo sendo o basquete o terceiro esporte mais popular nos EUA.
  • Nos tempos de Pelé, o marketing era insípido e a gestão da marca que leva o nome dele não soube explorar o mercado internacional.
  • Tomara sirva de exemplo: o Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a multa de R$ 10 milhões aplicada pelo Procon à operadora Claro, condenada por violações do Código de Defesa do Consumidor, entre as quais, vazamento de dados cadastrais de clientes.
  • Quem deveria ser processado por vazamento de dados é o INSS. É um escândalo. Experimente entrar com a papelada de aposentadoria que um mês antes da conclusão do processo a rede bancárias entra na sua cola. Não larga mais pelos anos seguintes.
  • Micro e pequenas empresas foram responsáveis por 93,5% dos empregos em novembro de 2022. Foram criados 135 mil postos de trabalho no período, segundo dados do Sebrae.
  • Pelo menos 400 empresas brasileiras que estão na bolsa juntaram perdas que passam de R$ 500 bilhões em valor de mercado, desde a eleição do presidente Lula, diz a plataforma de negócios Traedmap.
  • Segundo especialistas, tudo não passa, já, de reflexo da aventura fiscal irresponsável da ‘PEC da Gastança’, um cheque em branco para o governo gastar quanto bem entender nos próximos anos.
  • O deputado André de Paula assumiu o Ministério da Pesca e Aquicultura prometendo a retomada na emissão de licenças para embarcações pesqueiras e da carteira profissional de pescadores.
  • O Enem 2022 será reaplicado nos dias 10 e 11 agora para quem perdeu a edição regular por motivos logísticos ou de doença, além de pessoas privadas de liberdade.
  • Pesquisa com a participação da Fundação Oswaldo Cruz chama atenção para a morte de crianças menores de 5 anos em países de renda média e baixa, motivadas por rotavírus causador de diarreias graves.
  • Estatais derretem mais de R$ 30 bilhões em valor de mercado após primeiras medidas do governo Lula.
  • As ações da Petrobras, por exemplo, sofreram desvalorização de quase 7% e teve seu valor reduzido em R$ 22,8 bilhões.
  • O rico Estado da Califórnia, nos EUA, enfrenta gravíssima crise de emprego, com demissões quase em massa motivadas pelo incomum fechamento de muitas lojas. 
  • Tudo acabou se agravando depois que o Estado escancarou a descriminalização de pequenos furtos no varejo, fazendo com que centenas de empresas fechassem suas lojas ou mudassem para outros Estados.
  • Como diz o escritor Mariano Andrade: é uma “violência do bem” destruindo a economia e o emprego.