Madson Souza, suposto orientador dos ataques nas redes sociais da Secretaria de Planejamento a internautas que cobravam serviços públicos executados por Maicon, a mando da jornalista Keyla Negrão/Fotos: Divulgação-Redes Sociais.

Secretária de Comunicação da gestão Ed50, a jornalista teria ordenado o disparo de respostas grosseiras e mal educadas através de dois auxiliares, mas não haverá punições ou reprimendas, estas, dependendo dos baianos cedidos para dourar a pílula do prefeito.  

Na indústria automotiva, é componente tão importante que, sem ele, faltará a centelha que provoca a explosão de mistura entre ar e combustível, autorizando o funcionamento do pistão. Embora tenha vida útil de até 60 mil quilômetros, a vela de ignição – ou o conjunto delas – carece de revisão a cada 10 mil quilômetros para não comprometer motores a combustão. No Brasil, uma das marcas mais famosas é a NGK, sigla que representa o nome dos fundadores da empresa Nippon Gaishi Kabushiki Kaisha. Agora, veja como são as coisas.

Explosão inversa

A “vela” que deveria criar a centelha da comunicação da Prefeitura de Belém, uma vez secretária da pasta, que também pode ser identificada pela sigla NGK – leia-se: Negrão-Gabinete-Keyla -, é acusada de provocar a explosão que incendiou as redes sociais contra a gestão Ed50 a partir de uma página oficial da Secretaria de Saneamento de Belém na internet, com ataques escancarados, mal humorados e bem articulados a internautas que reclamaram serviços públicos. A página saiu do ar depois das denúncias publicadas pelas redes sociais.

Três informações distintas encaminhadas à coluna apontam que Keyla Negrão seria a mente por trás das respostas raivosas e agressivas, trabalho em cadeia coordenado por um certo Madson e executado com primor por um certo Maicon, segundo as denúncias. É o caso em que a vela da comunicação da Prefeitura de Belém perdeu o prazo da validade sem passar por revisão e comprometeu o motor do calhambeque Ed50.

Não à toa, a equipe de ‘mecânicos’ baianos cedidos pelo governador Helder Barbalho para retocar a pintura do alcaide teve que vestir macacão, como manda a regra – não para trocar a vela, mas para usar a velha e boa lixa e recuperar o ponto de centelha da explosão a favor do funcionamento do pistão, não contra.   

Paga no “empurrão”

A mandinga baiana informa que a operação obteve resultado, mas lamenta a impossibilidade de substituição das velas e dos cabos de ignição. Por enquanto, o jeito é ‘empurrar’.

Nem em pensamento

Keyla Negrão tem nome forte e padrinhos fortes desde o governo Ana Júlia. Dois deles são o secretário e ex-deputado federal Cláudio Puty e o atual chefe de Gabinete do prefeito Edmilson Rodrigues, Aldenor Júnior, jornalista formado pela UFPA, como ela. O que se diz nos bastidores é que Aldenor manda, Keyla executa sem pestanejar – por isso não cai. Nem ela, nem Maicon, nem Madson. Cumpriram ordens; ponto final.

Motor Willys

Três detalhes chamam atenção com relação à secretária de Comunicação da gestão municipal: não tem redes sociais, não costuma comparecer a eventos acompanhando o alcaide e é dona de um discurso esquerdista que beira o extremo, o que, de certo modo, explica a aversão a críticas e a cobranças.  De qualquer modo, sem a revisão exigida às velas a cada 10 mil quilômetros rodados, parece funcionar como um motor Willys.

Papo Reto

  • O padre Giovanni Incampo (foto) participou de recente audiência concedida no Vaticano pelo Papa Francisco à Congregação. 
  • Foi uma homenagem dos Superiores Mundial e Brasileiro dos padres barnabitas, padres Francisco Silva e José Andraci,  ambos paraenses, ao longevo missionário de 93 anos.
  • Padre Incampo é considerado paraense. Está aqui há quase sete décadas servindo como sacerdote à Diocese de Bragança e à Arquidiocese de Belém.
  • A indicação do advogado pessoal de Lula, Cristiano Zanin, para a vaga do ministro Lewandowski, no STF, confirmada ontem, não tem data para ser sabatinada na CCJ do Senado.
  • Mas que essa sessão tem tudo para passar para história como o campo de batalha mais campal da vida da chamada Câmara Alta, ninguém duvida.
  • Alguém sabe informar para onde converge o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro quanto ao suposto abuso de poder político e de autoridade ao se reunir com embaixadores?
  • O Ministério Público Federal investiga suposta invasão de missionários na Terra Indígena Zo’é, em Óbidos, oeste do Pará.
  •  Já a Polícia Federal quer esclarecer o uso dos Correios para recebimento de mercadorias ilegais.
  • Acredite, meio que ignorando o turvo cenário político-econômico nacional, São Paulo botou mais de 384 mil empresas no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica, encabeçando o ranking de abertura de empresas no País, entre janeiro e abril de 2023.
  • A Petrobras reduziu, pelo quarto mês consecutivo, os preços do querosene de aviação.
  • A queda já acumula 35,0% só 2023, mas as sabidinhas companhias de aviação, face à cumplicidade explícita da Anac, seguem mudas e caladas.