A juíza substituta da 3ª Vara do Trabalho em Belém, Larissa Cunha Barbosa e Silva, decidiu que não há qualquer discussão quanto à regularidade do processo eleitoral que resultou na eleição da nova diretoria do Sindicato dos Lojistas de Belém, o Sindilojas, e determinou a reintegração de posse do imóvel onde funciona a sede da entidade “com todos os bens de propriedade do sindicato”, inclusive autorizando o uso de força policial e arrombamento, por técnico especializado, se for o caso, como forma de garantir a integridade do patrimônio, sob pena de multa, em caso de manutenção do esbulho do imóvel por descumprimento da ordem judicial por parte do ex-presidente Joy Colares.
Segundo a decisão, o imóvel é de propriedade do Sindilojas e não do ex-presidente, que se mantinha na posse indevidamente, sem mandato vigente, e que negava a derrota no processo eleitoral. A decisão também exige que o ex-presidente entregue o certificado digital, senhas de acessos, contratos, extratos bancários e documentos e que se abstenha de causar qualquer obstrução ou empecilho para o regular exercício do cargo da nova diretoria. Caberá ao Ministério Público do Trabalho apurar eventual crime de apropriação indébita pelo não recolhimento das contribuições previdenciárias dos funcionários.
A difícil tarefa de Yamamoto
Depois de algumas décadas dirigindo o Sindilojas Belém, a família Colares vai entregar a direção ao empresário Eduardo Yamamoto, eleito com a tarefa de resgatar o status da entidade, abatida por mudanças nas leis trabalhistas e arrecadatórias que levaram à insolvência a maioria dos sindicatos do País. O novo presidente vai encontrar um sindicato sem força política e arrecadação pior, embora o setor seja o maior empregador do Estado. Unir as forças dos shoppings com o comércio de rua, modernizar as relações entre empregador e empregado, promover a interface sindicato e poder público serão árduas tarefas da nova diretoria (Informação publicada em 12/012022).