O caldo entornou de vez na reunião entre representantes de agentes penitenciários e a Casa Civil do governo do Estado, ontem, conduzida, segundo a categoria, não pelo titular da Pasta, Luiziel Guedes, mas pelo ex-superintendente do Sistema Penitenciário Jarbas Vasconcelos, hoje assessor especial da mesma Secretaria. Jarbas foi exonerado – a contragosto, dizem -, mas, tecnicamente, continua conduzindo as negociações que envolvem a Lei Orgânica da corporação, pela qual a contratação de DAS, como ele, é de inteira nomeação do governo.
Mas, não foi só isso: teve gente que chorou na sala de reunião com a declaração de Jarbas de que os movimentos de protesto dos agentes penitenciários teriam integrantes do Comando Vermelho infiltrados. Nessa fronteira, e principalmente nessa fronteira estancou a reunião. A categoria decidiu que não haverá mais conversas, nem acordos e a ordem é ocupar a Almirante Barroso, às proximidades da sede do governo, a partir de hoje, até que o governador se disponha a negociar, não o chefe da Casa Civil e muito menos Jarbas Vasconcelos.
Governo mantém posição
e irá nomear quem quiser
A primeira reação dos agentes penitenciários foi contra a própria presença de Jarbas Vasconcelos na reunião, o que os agentes consideram “fora da curva” e reforçaria a ideia disseminada na Secretaria de que o sucessor de Jarbas no cargo, Samuel Higashi, “não passa de uma marionete”. Entendimentos a parte, a desinteligência bateu no ponto em que a reivindicação da categoria foi sumariamente rechaçada, isto é, prevalece a regra pela qual o governo indicará a cargos DAS quem bem entender, ignorando os servidores de carreira.