Considerado articulador preferido do PRB nacional, o pastor Evandro Garla terá que contornar erros da direção do partido, entregue no colo do governador Helder Barbalho pelo ex-presidente Fábio Freitas, além de tentar salvar a candidatura do federal Vavá Martins, para evitar perda da influência na Câmara/Fotos: Divulgação.

Dizem que a missão do pastor Evandro Garla, que assumiu a presidência do PRB no Pará com o cacife de ser “o cara”, além de ser considerado o articulador preferido do presidente nacional do partido é, decididamente, tentar salvar o mandato do deputado Vavá Martins, que ele ajudou a construir ao pavimentar a busca de votos também fora da igreja. A própria Igreja Universal, por suas lideranças nacionais, resolveu jogar todo o peso do seu rebanho no Estado na tentativa de preservar o mandato, conquisto a duras penas duas décadas atrás.   

O que se diz nos corredores universais é que a tarefa de Garla é tipo “missão impossível”. Vavá Martins se notabiliza por ser arredio a cumprimentos de acordos, muito menos dos que são desenvolvidos ou apoiados em políticas públicas efetivas. Atribui-se a ele, entre outras coisas, o descontentamento dos membros da Igreja Universal, o que  acabou contaminando prefeitos e outras grandes lideranças agora ávidas para “dar o troco” nas próximas eleições.

Toma lá, da cá pegou mal

Aliás, sobre Evandro Gabas, o comentário é de que sempre questionou os métodos do deputado Fábio Freitas na condução do PRB paraense, condução essa interrompida por ele, Garla, dias atrás. Há notícias sobre arrogância, prepotência e o autoritarismo nas ações de Fábio Freitas, sem contar que a entrega do partido nas mãos do Helder Barbalho em troca de emendas e do comando desastroso da Emater mancharam a imagem do partido no Pará, com perdas e danos irreparáveis.

Todo mundo de olho na grana

Neste ano, além das polpudas verbas recebidas pelos partidos políticos, as tais emendas parlamentares consignadas aos deputados e senadores deverão irrigar os currais eleitorais como talvez jamais visto neste País. Não à toa, o PL, partido do presidente Bolsonaro, aumentou sua bancada mais que o dobro, assim como os partidos aliados, todo mundo de olho na dinheirama do Fundo Eleitoral.

Evidente que parte dos políticos utiliza esses recursos em causas nobres em seus redutos eleitorais, mas outra parte emprega em lideranças locais que possam render votos para a reeleição, quando não em ações nada republicanas. Por isso volta e meia político é preso com mala, isopores e cuecas repletos de dinheiro duvidoso.