O governador do Pará, “dono do dinheiro”, dita o rumo da prosa para o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, que concorda, aceita e aplaude. Se é bom para a cidade, não se discute, exceto dentro dos partidos de esquerda/Fotos: Agência Pará.

Decididamente, o governador Helder Barbalho botou a Prefeitura de Belém no bolso e faz questão de dar ciência disso à população. Edmilson Rodrigues, eleito pelo Psol e partidos parceiros de esquerda, teve uma ajudinha do governador, mas parece ter feito disso a razão da sua sobrevivência política, ou porque está sem forças e disposição, ou porque as finanças municipais estão tão capengas que o melhor é se sujeitar ao óbvio. Às favas os companheiros? Bem, dentro da própria administração municipal há vozes se levantando contra o que parte da esquerda em Belém considera subserviência ao governo e disso não faz segredo um dos mais destacados auxiliares de Edmilson, o secretário Cláudio Puty.

No meio da propaganda

Quanto a sua excelência o governador do Pará, segue passando o rolo compressor, inclusive nos terrenos mais inóspitos que se possa imaginar, em jogo político que não encontra precedente. Assim: na propaganda oficial do governo do Estado sobre a inauguração da avenida Padre Bruno Sechi, projeto que pegou pronto e acabado, como outros que já inaugurou, eis a mensagem de Helder Barbalho: “É o governo do Pará trabalhando por toda Belém”. Os intestinos do secretário Claudio Puty devem estar embrulhando. Afinal, Helder se estabelece também como real prefeito de Belém, mandando para escanteio Edmilson e a irmã, Edilene, e o tal prefeito de fato, Aldenor Jr.