Eleito sucessivamente deputado federal e senador desde 1990, o técnico em Artes Gráficas, Paula Rocha corre para retomar seu lugar ao sol, depois de ser apeado do Senado pelo PT no Pará/Fotos: Divulgação.
Cem depois de assumir, o presidente decide reconhecer o legado do velho companheiro de lutas ao longo de mais de 30 anos no Parlamento. A publicação do ato deve sair nesta semana no Diário Oficial da União.
Tudo ao seu tempo, como diz a sabedoria popular. E, se Deus mandar bom tempo, o ex-senador Paulo Rocha, do PT, deverá ter seu nome estampado nas páginas do Diário Oficial da União por estes dias – segunda ou terça, conforme as expectativas -, confirmando a informação que a coluna vem batendo há tempo, embora em meio às oscilações políticas e aos humores dos mandatários, segundo a qual será o novo superintendente da Sudam.
O que se diz é que, para alguns setores privilegiados da mídia, o ex-senador já confirmou a indicação, mas a publicação da notícia estaria amarrada à edição do DOU, a pedido dele, do alto da sua experiência.
Carreira de sucesso
Desde que conquistou seu primeiro mandato, de deputado federal, em 1990, o técnico em Artes Gráficas, Paulo Rocha, 72 anos de idade, engatou uma sucessão de conquistas nas urnas, reelegendo-se até 2006, passando a assumir vaga no Senado em 2007. Ano passado, foi abatido em pleno voo por decisão do partido manipulado pelo deputado Beto Faro, que mandou Paulo Rocha para escanteio e acabou se elegendo ao Senado nas asas do governador Helder Barbalho.
Pedras no caminho
Detentor de invejável legado político no curso de mais de 30 anos de mandato, Paulo Rocha, nascido em Curuçá, é companheiro do presidente Lula de muitas batalhas políticas, o que não representou, necessariamente, reconhecimento nesses mais de 100 dias do novo governo. Estava no cenário apenas como uma peça de colcha de retalho.
Enfim, lugar ao sol
Uma das indicações destinadas ao ex-senador paraense apontava para o comando do Conselho de Administração do Sesi, que acabou frustrada quando Lula optou pela indicação do ex-presidente nacional da CUT Vagner Freitas, então secretário-executivo do Ministério do Trabalho. Restou a Sudam, ainda que apenas em uma diretoria, mas parece que a emenda sairá de acordo com o soneto: a superintendência lhe cai bem.