O antes e o depois da área de preservação que atende atividades de lazer e caminhadas: o Parque do Utinga, entregue ao público no último ano do governo que antecedeu Helder Barbalho, não merece a atenção da Secretaria de Turismo e muito menos da OS Pará 2000, que administra esse e outros equipamentos públicos em Belém/Fotos: Divulgação-Redes Sociais-Whatsapp.
 

A Ponte de Outeiro, construída no governo Jader Barbalho, ruiu e segue desativada; o Parque do Utinga, construído no governo Jatene, foi abandonado pelo governo Helder e corre para um fim melancólico. A citação dos dois governos – Jader e Jatene – não vem à toa: tenta evitar que a propaganda oficial do governo faça ilações equivocadas e sua mídia digital queira medir as informações com sua métrica peculiar e bem paga. Nos dois casos, os fatos estão postos para avaliação.

Entregue no último ano do governo Jatene, o arrojado projeto do falecido arquiteto Paulo Chaves, o Parque do Utinga, área de preservação plantada dentro de Belém que também serve para atividades de lazer e caminhadas, está se desmilinguindo a olhos vistos. Não bastasse a entrada de barracas fora do padrão e espaços inapropriados para uso comercial, até a palha utilizada na cobertura das estruturas apodrece com o tempo e sem reposição desde o início do atual governo, quase quatro anos atrás. Deve faltar dinheiro.

A verdade é que o Parque do Utinga já não é recomendável aos visitantes. Para completar, os guarda-sóis sobre as mesas da lanchonete estão rasgados e sem as mínimas condições de uso, adicionando ao ambiente um aspecto de abandono total. Assim, mais um dos cartões postais de Belém vai aos poucos se transformando em um traste e perdendo sua função de equipamento social.

Quem assina esse descaso

O abandono do Parque do Utinga tem muitas assinaturas, mas a principal é a do governo Helder Barbalho. No mesmo papel aparecem a Secretaria de Turismo do Estado e a OS Pará 2000, que administra esse e outros equipamentos, como a Estação das Docas, de onde também vêm notícias ruins sobre manutenção. Organizações sociais, conforme já avaliou o promotor Sávio Brabo, têm no Pará um “paraíso” para malfeitos administrativos – e basta lembrar os hospitais públicos, onde o governo despeja milhões de reais sem a contrapartida da população.

Do nada a lugar nenhum

Em tempo: a Ponte de Outeiro, que seria entregue à população da Ilha de Caratateua em seis meses, continua sem levar do nada para lugar nenhum. O transporte alternativo, que incluía navios, está reduzido a balsas e os mais de 100 mil habitantes da ilha seguem na “sofrência”

Outeiro vai protestar

Tudo faz crer que a paciência dos residentes de Outeiro terá fim neste sábado. As redes sociais apontam que a tolerância ao descaso tem prazo de validade e faz do governador Helder Barbalho e seu “secretário de luxo”’, o prefeito Ed50, alvos preferências. Sábado, o dia será de protesto e barulho contra o adiamento da entrega da ponte e a dispensa das lanchas, ficando apenas as vagarosas balsas. Barraqueiros e comerciantes que a esta época já deveriam estar se preparando para a alta temporada do veraneio, entregam barracas e prédios alugados porque, sem faturamento, não como honrar compromissos.

Caminho da emancipação

Vinte e cinco distritos paraenses, entre os quais Icoaraci, em Belém, habilitaram documentação para que seus pedidos de emancipação sejam apreciados hoje, dia da última sessão ordinária do semestre da Assembleia Legislativa. Se aprovados, esses pedidos serão imediatamente enviados ao TRE para agendamento dos plebiscitos.