Deputado Caveira cobra explicações da presidência da Assembleia Legislativa sobre a presença de tantos policiais no Gabinete Militar e questiona o número de coronéis disponibilizados pela PM/Foto: Divulgação.

O deputado Delegado Caveira, do PP, voltou a “mexer nos brios” da Assembleia Legislativa ao cobrar do presidente Francisco Melo Chicão providências contra manifestantes que o incomodavam com palavras de ordem durante pronunciamento em sessão ordinária na última terça-feira. O parlamentar pediu a retirada dos manifestantes das galerias ao mesmo tempo em que cobrou explicações do presidente Chicão Melo sobre os mais de 80 policiais militares lotados na Assembleia, incluindo seis coronéis. Verdade que o assunto envolvendo a cessão de policiais militares para órgãos públicos – em vez de estarem nos quarteis ou nas ruas – é recorrente, mas, na atual administração do Legislativo, a presença de militares se destaca por ser a maior de todos os tempos, segundo fontes da Casa.

Marido da cantora Gretchen
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O que se diz é que o atual chefe do Gabinete Militar da Assembleia Legislativa, coronel Paranhos, ocupa o cargo graças aos laços de família que o ligam ao governador Helder Barbalho, mas, além dele, há mais cinco coronéis da Polícia Militar, alguns dos quais sempre desempenharam funções de gabinete, sem jamais ter entrado em uma viatura para servir nas ruas. Então, o que justificaria a presença de tantos coronéis na Casa senão as influências políticas? Bem, na ponta do lápis, o número de policiais militares lotados no Legislativo remete à proporção média de dois para cada deputado, embora muitos deles sequer ponham os pés na Casa, como o suboficial BM Esdra, marido da cantora Gretchen.

Dois militares atuam
em Barcarena e Tailândia

Entre policiais militares na Assembleia Legislativa servindo a outras instituições aparece a tenente-coronel BM Denise, lotada no gabinete do deputado Jaques Neves, mas que atua junto ao prefeito de Barcarena, Renato Ogawa, além de um capitão não identificado pelo gabinete do Delegado Caveira que serve não se sabe a quem no município de Tailândia, região nordeste do Estado. Hoje, última sessão da Assembleia antes do recesso de fim de ano, a expectativa é de que o assunto volta à baila, com as explicações da presidência.

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