As obras de reforma e adaptação operadas no Hospital Santa Casa de Misericórdia pela administração do médico Bruno Carmona acenderam a luz amarela para os funcionários ante a suposta desarticulação da Enfermaria São Paulo, que atende com 21 leitos femininos de clínica médica. Denúncias encaminhadas à coluna apontam que o novo cenário na Santa Casa prevê a transformação do hospital em cento de estudos, com redução lenta e gradual do número de enfermarias e remanejamento de servidores lotados no prédio “Almir Gabriel” para as unidades restantes, com a inevitável redução de serviços médicos. Pelo visto, a gestão da Santa Casa precisa se explicar ao distinto público.
Em meio ao alvoroço e à falta de transparência na administração do hospital, sobram comentários entre servidores e pacientes. Um deles aponta que a Fundação será entregue, como os hospitais públicos do Pará, a uma organização social, o que tem provocado a perspectiva de criação de cooperativas entre médicos do próprio hospital com o intuito de habilitar OS para a nova gestão.
“Grupo do fígado” é só grupo
Também não se entende a razão pela qual a Santa Casa teria criado um grupo terceirizado, conhecido por “Grupo do fígado”, internamente, para atuar com transplante de fígado sem que até hoje não fez qualquer procedimento dessa natureza. O grupo, segundo as denúncias, é quem monta escalas específicas de atendimento ambulatorial, marca e desmarca agendamentos de consultas e entrega pacientes aos cuidados de médicos residente, com o suposto conhecimento da administração.
O presidente Bruno Carmona é tido como um dos donos da cooperativa de anestesistas do Hospital Santa Casa.