Rodrigo Pimpão, Fernandinho e o goleiro Vinícius: crise coloca o Remo na corda bamba na Série C; time precisa conquistar dez dos 15 pontos que irá disputar para não cair/Fotos: Divulgação.

O atacante Rodrigo Pimpão, maior salário do Clube do Remo antes de ser dispensado pela diretoria – levando a reboque dois jogadores da base, Keven e Lailson-, além do goleiro Pazetti, que não jogava, e outro medalhão como ele, Fernandinho – é apontado como responsável pelas “noitadas” envolvendo alguns integrantes do clube em véspera de jogos. Pimpão faturava R$ 150 mil por mês.

Ao anunciar as dispensas, a diretoria do Remo na verdade tentou dar uma justificativa à sua exigente torcida, alegando que os jogadores “não corresponderam às expectativas”. Afinal, se tiver que dispensar todos os ‘farristas’ vai acabar sem time para o restante do campeonato.

O fato é que nem Rodrigo Pimpão, nem a fauna acompanhante farão falta; muito pelo contrário, apesar de a diretoria escamotear informações: não se sabe ao certo se a crise instalada no clube tem ligação com os salários altos de alguns jogadores recém-contratados, como Leandro Carvalho, Anderson Paraíba e Jean Patrick. Os jogadores Albano, Maciel, Daniel Felipe, Erick Flores e Leandro Carvalho estão sendo observados pelo baixo rendimento que estão oferecendo.

Parada indigesta lá fora

O Remo conta atualmente com 31 jogadores, após o afastamento de cinco. Sua situação na Série C – 13° colocação na classificação, com 18 pontos – incomoda o torcedor porque agora o time está sob ameaça de rebaixamento. Restam cinco jogos para o final da primeira e o clube precisa pelo menos de 28 pontos para garantir a passagem. Com 28 pontos, o Remo terá que conseguir dez em 15 pontos a disputar. Restam três jogos em casa e dois fora. Os jogos em casa serão contra ABC, neste domingo, Ferroviário e Aparecidense, fora, e Botafogo (PB) e Botafogo (SP), portanto, jogos muito difíceis.

Hora de reagir; ou cair

Digamos que, depois da ressaca das farras, vem a consciência e a diretoria do Remo se dá conta de que a equipe está com problemas. Some-se a isso o caso do goleiro Vinícius, mais de 200 jogos pelo time e que atravessa uma fase horrorosa, devendo ceder posição ao substituto Zé Carlos, que não tem a confiança do treinador e muito menos da torcida. Se equipe não reagir contra o ABC, é certo que outras cabeças rolarão, inclusive as ‘coroadas’ da diretoria.

Então, fica combinado que o Remo precisa ganhar todos os seus jogos ou começar a se preparar para encarar a pressão da torcida, pois o pior está muito perto: a tragédia chamada rebaixamento.