‘Operação Embuste’, desencadeada pelos órgãos de segurança do Estado, prendeu invasores da Fazenda Canaã, na região de Marabá, Itupiranga e São Félix do Xingu, sudeste do Pará. Em vídeo produzido e divulgado em conta no Instagram da Fazenda Yasmin-Nelore, no Maranhão, a aquisição de um lote de reprodutores pela família Barbalho para a ‘Fazenda Chão de Estrelas’/Fotos: Divulgação-Redes Sociais-Whatsapp-Instagram.

Provável rescaldo das eleições presidenciais, parte do agronegócio paraense anda perdendo o sono com os boatos sobre suposta onda de invasão de terra a partir de janeiro, quando assume o novo governo Lula. Apesar de haver casos já registrados sobre o avanço do MST contra propriedades privadas – um deles na Bahia, outro, no último domingo, na Fazenda Canaã-Lindoeste, região conhecida como ‘Quatro bocas’, que envolve os municípios de Marabá, Itupiranga e São Félix do Xingu, no sul do Pará – são situações consideradas ‘pontuais’.

No caso paraense, a área foi desocupada ontem por agentes de Segurança do Estado, durante a ‘Operação Esbulho’, desencadeada pela Polícia Militar e Polícia Civil, inclusive com prisões de invasores. Assim – e considerando que invasões de terra sempre fizeram parte do cenário no campo do Estado, em tempos de paz ou em tempo de guerra -, o pessoal do agro deveria deixar de se preocupar e fazer o que faz a família Barbalho, incorporando o bordão ‘Bora trabalhar”. Explica-se.

Tem boi no pasto

Em vídeo publicado no último dia 8 em sua conta no Instagram, a Fazenda Yasmin-Nelore, grupo agropecuário do Estado do Maranhão, festeja investimento pesado da família Daniela-Helder Barbalho, que vem se destacando no segmento agropecuário do Estado, na aquisição em uma boiada nelore PO para a ‘Fazenda Chão de Estrelas’, de propriedade do casal, localizada no município de Aurora do Pará. O negócio foi concluído no início deste mês e se encaixa no item de classificação do grupo maranhense satisfação do cliente/compradores.

Nova tendência no campo

Caso o Pará acompanhe a tendência hoje adotada na produção agropecuária – ainda mais agora que está chegando à marca de 1 milhão de hectares plantados de lavouras -, deve seguir o modelo aplicado pelos Estados do Mato Grosso do Sul, desde de 1999, Mato Grosso, desde 2000, Maranhão, desde 2020 e agora Goiás, com a criação do chamado Fundeinfra, contribuição cobrada de parte do setor produtivo por hectare explorado. A ideia é reverter a contribuição em obras estruturantes.

Setor menos tributado

Como se sabe, os governos estaduais defendem a tese de que o setor produtivo está entre os menos tributados, como Goiás, que apresenta participação de 1,61% da arrecadação estadual, quadro que se repete nos demais Estado. Essa situação, porém, também tira o sono do produtor rural paraense, por representar aumento de encargos e diminuição de lucros, mas três deputados estaduais já botaram suas assessorias para estudar os decretos vigentes em outros Estado e o de Goiás, aprovado pela Assembleia Legislativa ontem.

Resta saber quem ficará com esse poder arrecadatório no Estado – Secretaria da Fazenda, Agricultura e Pesca, Emater ou Adepará, esta, responsável pela fiscalização fitossanitária e terceira instituição pública estadual em arrecadação, atrás apenas da Sefa e do Detran.

Goiás entra no jogo

Por 22 votos a 16, a proposta do governo Caiado de criar uma taxa para o agro foi aprovada ontem. A taxação prevista no projeto pode chegar até 1,65% e serve para compensar a perda de arrecadação do ICMS por medida do governo federal, conforme justifica o Estado. A medida não terá incidência em toda a produção agropecuária: apenas os produtores de milho, soja, cana de açúcar, carnes e minérios serão contribuintes. A proposta é que o valor arrecadado vá para um fundo de investimento em infraestrutura.

Papo Reto

  • Prêmio Nobel da Paz-2007 e vencedor do Prêmio Mundial da Alimentação, em 2020, indiano Rattan Lal disse, na COP-27, que a agricultura brasileira é história de sucesso e que o Brasil ocupa lugar de destaque na produção de alimentos graças ao alto nível científico nas questões de uso do solo e conhecimento aplicado à agricultura.
  • A balança comercial registou superávit de US$ 1,78 bilhão até a segunda semana de novembro. No ano, o saldo positivo é de US$ 53,13 bilhões, com US$ 530,42 bilhões de corrente de comércio.
  • Casos de covid-19 no Rio de Janeiro aumentam 430% em uma semana.
  • Os casos confirmados passaram de 4.368 na semana epidemiológica de 30 de outubro a 5 de novembro para 18.799 na semana entre 6 e 12 de novembro. E pensar que vem aí o tão esperado Carnaval…
  • Aliás, o uso de máscara volta a ser obrigatório em ambientes fechados da USP.
  • A Petrobrás anunciou a redução de 5,3% no preço do gás de cozinha. Em nota, a empresa informa que o produto será comercializado por pouco mais de R$ 3,5 por quilo.
  • Cartilha alerta consumidores para promoções na Black Friday. Uma sugestão do Procon é de que o consumidor saiba exatamente o que quer comprar e faça pesquisa de mercado sobre valor médio do produto fora da época da promoção.
  • A educação virou arma de entidades médicas para conter avanço do diabetes no Brasil, que tem cerca de 15,7 milhões de adultos com a doença, – é o primeiro em número de casos na América Latina e o quarto no mundo.
  • Incertezas da política começaram causar estragos na economia: em mais uma semana, o boletim Focus aponta previsão de alta da inflação.