Fervem nervosamente os arraiais políticos nos templos da congregação religiosa Assembleia de Deus por todo o Pará – e nem é para menos. O alvoroço ardente atende pela ameaça de renovação das bancadas em todas as casas legislativas em que pastores têm assento: concorrência direta por vaga, inabilidade política e divisão de votos por questões internas fazem o caldeirão ferver como nunca visto antes. Para se ter ideia mínima do quadro, a bancada pode ser extinta na Câmara Federal.
Questões paroquiais
O deputado federal Paulo Bengtson é ameaçado pela concorrência interna no partido representada pelo ex-presidente da Assembleia Legislativa Márcio Miranda, que concorreu ao governo do Estado na última eleição. Ambos estão no PTB. Olival Marques, do MDB encontra-se entre a cruz e a caldeirinha: concorrência partidária – o partido vem para a eleição com uma chapa de federais muito forte. Não bastasse, Olival Marques sofre reações dentro da sua principal base eleitoral, os fiéis da Assembleias de Deus, onde o pai dele, pastor Gilberto Marques, é o todo poderoso presidente vitalício da Convenção das Assembleias de Deus, além de enfrentar a concorrência do deputado estadual Raimundo Santos e de Júlia Marinho, mulher do candidato ao governo, Zequinha Marinho, que tenta retornar à Câmara Federal. Nessa bola dividida, com sobra de faltas, risco é de que todos os candidatos fiquem de fora.
Inabilidade e sabotagem
A situação também não é confortável para o deputado Vavá Martins, da Universal-Republicanos, que, avaliado como ‘de pouca habilidade política, perde para ele mesmo’. E Vavá ainda é vítima de ‘sabotagens’ políticas oriundas de parlamentar com assento no Legislativo estadual.
Papo Reto
- O juiz do Trabalho Jonatas Andrade (foto), natural de Santarém, atuará, a partir de amanhã, como juiz auxiliar da presidência do Conselho Nacional de Justiça, que terá a ministra Rosa Weber à frente.
- Andrade ao cargo de presidente da Associação dos Magistrados Trabalhistas da 8ª Região. Em seu lugar na Amatra assumiu a juíza do Trabalho Roberta Santos.
- Candidato em mais de dez eleições confessa à coluna seu desencanto com o cenário atualmente posto, com todo mundo exigindo “algum retorno” pessoal pelo voto. “A voracidade do eleitor de Belém para querer vender seu voto é algo nauseante e jamais visto por aqui”.
- Dias atrás, duas equipes em campanha política andaram se estranhando no sul do Pará por conta da falta de entendimento quanto à execução dos respectivos jingles.
- Chama atenção o valor da obra de reforma da caixa d’água da Cosanpa, na João Balbi com Dom Romualdo de Seixas: R$ 25 milhões.
- Ontem, pelo menos dois canos estourados fizeram jorrar água da Cosanpa durante toda amanhã, na avenida Nazaré com Dr. Moraes e na João Balbi com Dom Romualdo de Seixas.
- O Estádio Mangueirão, caso seja realmente reaberto em setembro, estará com apenas 70% das obras previstas. Pista de atletismo, que é bom, ainda não está pronta.
- Algo “mágico”, dizem graduados economistas, vem se verificando na curva de gastos previdenciários da União.
- Dizem os relatórios do Tesouro Nacional que, em consequência da última reforma administrada, a diminuição cumulativa dos dispêndios com a Previdência coloca a gestão federal em condição tão confortável que uma nova reforma só precisará ser feita a partir de 2035.
- Os Correios passaram exigir identificação dos remetentes nos pacotes nacionais em toda e qualquer postagem, visando permitir o rastreamento das encomendas pelo CPF.