Maior maternidade pública do Estado e ‘feudo particular’ do médico Bruno Carmona entra em rota de colisão com Sindicato dos Médicos, que publica carta aberta em defesa de residentes, oito deles desligados do programa pela direção do hospital/Fotos: Divulgação.

Sindicato sai em defesa dos profissionais e exige transparência em Programa de Residência de Anestesiologia bancado com dinheiro público; retaliação atingiu oito dos doze médicos que participavam do programa.

“Carta aberta” publicada hoje pelo Sindicato dos Médicos faz vigorosa defesa dos médicos residentes de Anestesiologia da Santa Casa de Misericórdia, manifestando ‘indignação’ pelas retaliações que o grupo vem sofrendo por ter denunciado mudanças que considera ‘irregularidades’ no Programa de Residência da instituição, maior maternidade pública do Estado, presidida pelo médico Bruno Carmona.

Braços cruzados

Segundo o documento, sem serem ouvidos pela direção do programa e da própria Santa Casa, e constrangidos em sua atividade, os residentes decidiram paralisar as atividades desde o dia 3 deste mês, na tentativa de estabelecer um diálogo com a instituição. A reação foi instantânea: desligamento sumário de oito dos 12 residentes do programa, que é público e, portanto, pago pelo dinheiro do contribuinte.

Defesa armada

Diante dos fatos, o Sindicato se posiciona em favor da transparência e dá voz aos médicos residentes da instituição, manifestando que continuaremos na defesa intransigente dos interesses dos médicos do Pará e se colocando à disposição para intermediar o diálogo e da assistência aos médicos dentro de suas necessidades.