Recursos aprovados na Lei Orçamentária deste ano para investimentos no setor são de apenas R$ 300 mil, representando cerca de 30% das verbas aprovadas quatro anos atrás. Enquanto isso, a Segup receberá, só do Estado, R$ 62 milhões, além de R$ 50 milhões provenientes do Fundo de Segurança/Fotos: Agência Pará.

É dura a realidade da Polícia Científica do Pará. O extinto Centro de Perícias Renato Chaves foi contemplado na Lei Orçamentária deste ano com míseros R$ 300 mil para investimentos, valor que representa, na ponta do lápis, apenas cerca de 30% do valor aprovado em 2018. Nada, nada, isso quer dizer que, com equipamentos periciais tão caros no mercado, o valor aprovado não permitirá à Polícia Científica do governador Helder Barbalho comprar sequer um sistema de cromatografia/HPLC, que custa por volta de R$ 400 mil. No máximo, vai adquirir duas picapes, para não andar a pé.

Esse quadro de penúria franciscana deve ter uma explicação que não a simples falta de interesse do governo em fortalecer o órgão responsável pela principal prova no ordenamento jurídico do País, a chamada prova pericial. Longe disso – antes que alguém se atreva a sugerir que a coluna fala mal do governador. O certo é que, apesar de o Estado ter na Polícia Civil a Delegacia de Combate à Corrupção, não se sabe de investigações pertinentes, apesar de casos e suposições que envolvem a administração estadual.

Segup terá R$ 62 milhões,
além de R$ 50 milhões do Planalto

Na outra ponta da corda aparece a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social, a Segup, que terá investimentos aprovados pela lei de quase R$ 62 milhões, aos quais se somarão mais de R$ 56 milhões provenientes do Fundo Estadual de Segurança do governo federal (91,84%) e R$ 5 milhões do próprio governo estadual (8,16%). É com essa dinheirama que o Estado contará para o aparelhamento da Secretaria que, no curso dos últimos três anos, recebeu mais de R$ de 100 milhões de recursos do governo Bolsonaro.

Papo Reto

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  • O secretário de Administração Penitenciária, advogado Jarbas Vasconcelos (foto), autor do livro “Portugal: um estado com certidão de nascimento” será testado nas urnas, amanhã, como candidato a uma de duas cadeiras no Instituto Histórico e Geográfico do Pará. Dizem que “Super Jarbas” tem a simpatia de alguns membros da instituição.
  • Bem que a coluna avisou: o caos se instalou de vez no futebol paraense. Irregularidade de jogadores levou a incapaz FPF a suspender jogos das quartas de final do Parazão. E  nem se fala mais em eleição – está tudo irregular mesmo; mas se fala em intervenção.
  • Alguém duvida que a professora Graciete Maués virou “rainha de Inglaterra”? Quem manda na Federação foi quem a indicou ao cargo, o ex-presidente Adélcio Torres.
  • A Semob escolheu o Dia da Mulher, ontem, para notificar “condutores e condutoras” sobre a aplicação de penalidades ocorridas no trânsito de Belém em 2020. Sçao infrações apontadas na administração Zenaldo Coutinho.
  • As vendas de cimento em fevereiro deste ano totalizaram 4,8 milhões de toneladas, crescimento de 1,9% em relação ao mesmo mês de 2021, segundo o sindicato do setor.
  • Nas regiões sudeste e centro-oeste, as vendas repetiram o baixo desempenho registrado em janeiro, enquanto nas regiões Norte e Sul permaneceram em alta.
  • CNJ inaugurou a Ouvidoria Nacional da Mulher, voltada a receber e encaminhar denúncias e reclamações às autoridades competentes, prestar informações sobre os procedimentos judiciais, além de fornecer orientações às mulheres vítimas de violência.
  • O Brasil registrou alta de 29% na incidência de raios nos primeiros meses deste ano. Foram 17 milhões de descargas elétricas, já, no corrente ano, ante 13,2 milhões no primeiro bimestre do ano anterior, segundo o Inpe.
  • Vem aí um novo programa de fomento ao empreendedorismo feminino: Banco do Brasil e Caixa anunciaram taxas diferenciadas e soluções financeiras para mulheres.
  • Como já era esperado, caiu 15,8% a produção de veículos em fevereiro, enquanto as vendas retraíram 22,8% em relação ao mesmo mês de 2021.

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