O deputado federal José Priante, do MDB, José de Angelis, ex-presidente, que obedecia ao seu comando, e o novo presidente da companhia, José Fernando Gomes Júnior, que cumpre ordens de Helder: varredura mandou diretores para o olho da rua/Fotos: Divulgação.

Varredura autorizada pelo governador do Pará rompe tubulação de supostas falcatruas da gestão De Angelis, comandada pelo deputado federal José Priante, preparando a empresa para a privatização.

Os buracos que a Companhia de Saneamento do Pará abriu na cidade de Belém – quando não, na Região Metropolitana – nos últimos quatro anos, tinham que representar algo mais além de… simples buracos. Alguém deveria saber e ser avisado. Só o povo que acompanha o Círio sabia. A Cosanpa está sendo preparada pelo Estado para a privatização. 

O Conselho de Administração da companhia, que está – doa a quem doer – a caminho da privatização, e saiu, pelo menos em tese, do controle do deputado federal José Priante – ex-quase-futuro ministro do governo Lula -, botou o dedo no suspiro da gestão anterior, mandando para o olho da rua ‘toda a diretoria’, segundo fontes da coluna, inclusive o superdiretor Nagib Charone, por conta de um esquema gigantesco de falcatruas que envolve dezenas de funcionários e milhões de reais.

Amarrando o burro…

Fique claro desde já: engana-se quem pensar que o novo presidente da Cosanpa, o ex-executivo da mineradora Vale e ex-secretário de Desenvolvimento, Energia e Mineração do Estado José Fernando Gomes Júnior se travestiu de Jânio Quadros e sua ‘vassourinha’  – para embalar  a campanha eleitoral dos idos do 1960 com o jingle de uma só estrofe que repetia “ Varre, varre, vassourinha, varre, varre a roubalheira”… Nada disso: o presidente está no cargo a mando do governador, com plano e missão definidos: desmontar o esquema de Priante na empresa.

Os santos e o milagre

A coluna não teve acesso aos ‘santos’, mas apenas ao milagre. Além do fato de que a ‘varredura’ tem a assinatura do governador Helder Barbalho, pelas mãos de Luís Fernando Gomes Júnior, o novo presidente, um dos personagens mais importantes da gestão anterior, que obedecia às ordens do deputado federal José Priante, Nagib Charone, perdeu o cargo e, com ele, ‘todos os diretores’. Funcionários e empresas que mantinham contratos com a companhia completam o pacote, sem falar em milhões de reais desviados – of course,como diriam os especialistas.

Ainda deve ter muita água para passar por essa tubulação…