Não é exagero dizer que quem saiu chamuscado da eleição que escolheu a nova diretoria do Sebrae Pará, ocorrida ontem, foi a Federação do Comércio. Não porque o presidente do Sistema Fiepa, José Conrado, foi o escolhido para a presidência do Conselho Deliberativo, em substituição a Sebastião Campos – a troca é parte do jogo do revezamento não escrito pelo qual, a cada dois anos, representantes de federações assumem o posto -, mas porque todas as tentativas – e não foram poucas – de Sebastião Campos, da Federação do Comércio, para afastar o atual superintendente, Rubens Magno, do cargo foram frustradas. Rubens foi reconduzido. Além de entregar o cargo a Conrado, Sebastião Campos viu o representante da Federação, Fabrizio Guaglione, perder o lugar na diretoria Técnica para Maria Domingas Paulino, da Federação da Agricultura, que, retorna ao Sebrae.
Tempos de turbulência
Os meses que antecederam a eleição foram turbulentos. Considerado um gestor certo para o lugar certo, Rubens Magno vinha sendo pressionado por Sebastião Campos que, a certa altura, se reuniu com Jader Filho, responsável pela coordenação da eleição da diretoria dois anos atrás, quando o governador Helder Barbalho sequer se envolveu na disputa. Junto a Jader Filho, Sebastião Campos chegou a pedir a cabeça de Rubens Magno e de pessoas por ele indicadas. Mesmo diante de um ‘tudo bem, mas Rubinho fica” como resposta, Sebastião Campos não desistiu, supostamente estimulado por Fabrizio Guaglione, interessado em seu o substituto de Magno na superintendência. As demissões foram feitas, a pedido, mas não afetaram Rubens Magno.
Quem fica, quem sai
Nos últimos 15 dias, ainda disposto a tirar Rubens Magno de cena, e com o governador Helder Barbalho em cena, novas reuniões se sucederam, mas o cargo de Rubens Magno se mantinha garantido, muito pelas relações de amizade que mantém desde os tempos de escolas com Jader e Helder. Ao final e ao cabo, não deu outra, embora tenha havido interesses que envolviam a substituição da filha do presidente da Assembleia Legislativa e governador interino, Chicão Melo, Cássia Rodrigues, diretora Administrativa. Na condição de representante do governador, Chicão fez o que lhe cabia: Cássia fica; e ficou – mesmo depois que o próprio governador, antes de se ausentar do Estado, tenha deixado claro a Sebastião Campos e outros envolvidos na disputa que não iria se ‘indispor’ com o amigo e presidente da Assembleia Legislativa.
Não leu os sinais
O recado foi dado, claramente, várias vezes. Parece que nem Sebastião Campos, nem Fabrizio Guaglione entenderam e a Federação do Comércio perde lugar no Sebrae. Não foi por falta de aviso…
Papo Reto
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