Embora marque forte presença em Soure, a Segurança Pública do Pará encontra dificuldades de acesso para municípios mais distantes, como Afuá, construído sobre a várzea, e Anajás, possibilitando a ação de criminosos provenientes do Estado do Amapá/Fotos: Divulgação.

Cidades isoladas do Arquipélago Marajó, como Afuá e Anajás, onde o governo do Estado atua com menor frequência por conta das dificuldades de acesso registram crescimento acentuado de violência, provocado por comandos criminosos oriundos principalmente do Amapá. As duas cidades, com acesso apenas por água e distantes dos demais municípios marajoaras viraram esconderijo de perigosos bandidos, que se refugiam na região para escapar de ações policiais no Estado vizinho ou estão em disputa com grupos rivais.

Recorrentes enfrentamentos armados entre gangues resultam em muitos cadáveres, inclusive nos territórios de Breves e Portel que, juntas, somam mais de 200 mil habitantes, enquanto a contagem em Afuá e Anajás é mais discreta – população inferior a 40 mil habitantes.

Rigorosamente, os crimes, na verdade representam ‘acertos de contas’ entre grupos e não atingem diretamente a população, rede bancária ou comércio, mas aterrorizam os moradores das cidades. Por enquanto, se há um plano do governo do Estado para combater essas organizações nada foi divulgado, mas as cidades do Marajó pedem socorro.

Abrace o Marajó investiu mais
de R$ 500 mi desde
que foi criado, em 2020

Criado por decreto presidencial em março de 2020, sob a coordenação do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, o Programa Abrace o Marajó nasceu como resposta à vulnerabilidade social, econômica e ambiental que caracteriza uma porção expressiva da Amazônia Brasileira, localizada na parte mais oriental da Região Norte do Arquipélago do Marajó.

Desde a criação do programa, o governo federal investiu diretamente mais de R$ 500 milhões em ações para o desenvolvimento econômico e social do arquipélago. Os compromissos assumidos com o Marajó estão consignados no Plano de ação do programa 2020-2023, que, pelo andar da carruagem, deve ser extinto pelo novo governo.

Além dos investimentos diretos, mais de R$ 1,1 bilhão foram investidos no território em parcerias complementares à ação governamental. Outros R$ 450 milhões ainda devem ser investidos até o final da vigência do Plano de Ação, em agosto do próximo ano.

 O que mudou na região?

 Durante os quase três anos de execução, o programa investiu em projetos que beneficiaram os municípios marajoaras de Afuá, Anajás, Bagre, Breves, Cachoeira do Arari, Chaves, Curralinho, Gurupá, Melgaço, Muaná, Ponta das Pedras, Portel, Salvaterra, Santa Cruz do Arari, São Sebastião da Boa Vista, Soure, além do município externo ao arquipélago, Oeiras do Pará.

Papo Reto

Divulgação
  • O paraense Eduardo Azevedo (foto), recambiado sabe-se lá por quem para presidir a Companhia Docas do Pará, não está nem um pouco preocupado – ao menos parece – com a necessidade do governo do Estado de ampliar o Terminal Hidroviário de Belém
  •  Atribui-se a suposto descaso dele o silêncio ao pedido do governo de cessão do Armazém 10 da Doca, adjacente ao Armazém 9, para a ampliação do terminal, já prevista em documento assinado pelo Ministério da Infraestrutura.
  •  Há muito tempo o governo do Pará entendeu que a atual estrutura do terminal já não atende à demanda, mas depende da cessão para agir.
  • O Pará também registra grande evasão de jovens e pesquisadores para outros Estados brasileiros, com destaque para Florianópolis, novo polo que está recebendo pessoas com formação mais complexa, oriundas de Belém.
  • O ex-prefeito de Piçarra, sudeste do Pará, Wagne Machado, primeiro suplente do MDB, pode dar com favas contadas sua convocação para ocupar vaga na Câmara Federal.
  • Dia desses, em evento em Belém, o governador Helder Barbalho fez rasgados elogios ao aliado, que vem provocando pesadelos em figuras políticas da região como o deputado federal eleito, Keniston Braga.
  • O planeta terra ultrapassou a marca de 8 bilhões de pessoas, sendo que a China e a Índia respondem por quase 3 bilhões, com a Índia avançando para primeiro lugar.
  • Os EUA vêm abaixo, com 340 milhões de habitantes, junto com diversos países na casa dos 200 milhões, como Brasil, cujo Censo Demográfico deve indicar algo em torno de 220 milhões.
  • E os cientistas mais recalcitrantes discutem as vantagens e desvantagens dessa superpopulação, que pode comprometer o futuro da terra.
  • Os números indicam que a partir de 2050 a população passará a diminuir drasticamente por fenômenos dos mais diversos e novas tecnologias trarão impactos positivos ao meio-ambiente.