Corrupção fecha agência

do INSS em bairro de Belém

O INSS fechou definitivamente a Agência da Previdência  Social do bairro do Jurunas, em Belém. Desde o porteiro, passando por técnicos e analistas do seguro social, médicos e até o gerente foram demitidos administrativamente ou perderam os cargos na Justiça Federal Criminal. Havia queixas de mau atendimento aos segurados que não estivessem corrompidos. A Polícia  Federal e o  MPF estão empenhados na identificação de quadrilhas, que contam com estelionatários, falsários, médicos, contadores e agentes financeiros.

Estouro da boiada

A empresa Superpesa, especializada em transportes de carga especialmente fora de padrão, finalmente obteve a licença ambiental da Secretaria de Meio Ambiente do Estado para fazer o prometido resgate do navio Haidar, que, passados cinco longos anos, repousa submerso junto com 5 mil carcaças bovinas, atrapalhando as operações de carregamento e descarga no Porto de Vila do Conde, em Barcarena. Enquanto isso, o setor produtivo paraense segue orando, de joelhos, para que, finalmente, o resgate aconteça.

Fora da lista

Qualquer reflexo da política negacionista do governo brasileiro no exterior não terá sido mera coincidência: o presidente Jair Bolsonaro (foto) não foi colocado na lista provisória de quase 80 chefes de Estado e de governo que participarão neste final de semana da Cúpula do Clima organizada pela ONU, França, Reino Unido, Itália e Chile. Para o Planalto, a situação não é definitiva e a esperança é que ainda exista espaço para reverter o quadro.

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Ondas do rádio

Tudo leva a crer que rádios AM-FM precisam ser reinventadas na Grande Belém. Levantamento da RConduru Pesquisas destinada a estudar hábitos e preferências do ouvinte em relação ao mercado de consumo através das ondas do rádio dá conta de que 66,3% dos consumidores das classes A, B, C, D, E não consomem produtos anunciados por esse canal de mídia. Quer dizer, a tendência de quem anuncia é perder.

Mal a pior

Dos quase 63% de consumidores que afirmaram já utilizar cartão de crédito em compras, 47,7% o fazem pela internet. Mais: Boulevard Shopping (21,7%), Grão Pará (20,8%) e Park Shopping (13,8%) lideram a preferência de compras em Belém com mais da metade das vendas. Na outra ponta, o estudo diz que o papel da mídia impressa no cotidiano das pessoas soma 61,5% de pessoas que dizem não ler jornais uma vez sequer por semana.

Liberou geral

Parece que a população da Vila da Barca, no bairro do Telégrafo, em Belém, se antecipou a todos e vacinou seus moradores. Em uma casa noturna às margens da Baía do Guajará, aos finais de semana, a população aglomerada se diverte “como se não houvesse amanhã”. E pode ser verdade.

Questão de tempo

O que se diz é que é apenas uma questão de tempo – não se sabe quanto tempo -, mas o Pará deve se tornar grande corredor de exportação de minérios e commodities do chamado Arco Norte. Essa expectativa está ancorada em megaprojetos prometidos para a região, como a Ferrogrão, Ferrovia Norte-Sul, Ferrovia da Vale, BR-163, Porto de Miritituba e o derrocamento do Pedral do Lourenço, com a navegação do rio Tocantins.

Mas, quanto?

Bem, nesse trecho, como se sabe, reside um problema de quase meio século. Essa obra, prometida pelo governo federal e dada, até ano passado, como favas contadas pelo governo do Estado, parece que caiu no esquecimento. Ela atenderia, saindo do papel, às exportações de grande extensão do território paraense e do Mato Grosso, dando utilidade às comportas do Tocantins. O derrocamento, porém, encontra grande resistência nos meios empresariais, mais pelo controle estratégico do que pelos impactos ambientais.

Mais Polícia

Mais uma categoria de policiais será incluída na Constituição do Pará. Trata-se da Polícia Penal, vinculada à Secretaria de Administração Penitenciária, cujo objetivo é manter a segurança e o controle do Sistema Penal. A Assembleia Legislativa aprovou, dia 9 de novembro deste ano, em segundo turno, a proposta de emenda à Constituição referente ao reconhecimento da Policia Penal como categoria constitucional do Estado.

Nada de novo

Praticamente tudo que irá compor o chamado Centro Integrado de Comando e Controle do Estado já existe há anos. A única novidade é o prédio, que foi ocupado pela Funtelpa. O Centro será um Ciop melhorado e vai abrigar outros órgãos estaduais no mesmo espaço. Esse modelo existe em Estados que sediaram jogos na Copa do Mundo de 2014 no Brasil, como Manaus. Não se sabe o que esses Centros agregaram para a melhora no enfrentamento à criminalidade – basta ver a situação do Rio de Janeiro e do Ceará.

Aos pés da China

Pesquisa do Instituto Real Time Big Data aponta que 46% dos brasileiros “não tomariam uma vacina de origem chinesa”. A pesquisa entrevistou mil pessoas nos dias 13 e 14 de outubro. A margem de erro é de três pontos e o nível de confiança é de 95%. Detalhe: uma das vacinas em estágio mais avançado de desenvolvimento, a Coronavac é produzida no Brasil em parceria entre a chinesa Sinovac e o Instituto Butantan, em São Paulo.

Fora do panteão

O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, que é negro, decidiu retirar do panteão de irmãos e irmãs ilustres nomes como Milton Nascimento, Martinho da Vila, Lecy Brandão, Elza Soares, Gilberto Gil e tantos ouros ícones da cultura brasileira porque estariam alinhados politicamente  com a esquerda e não rezam pela cartilha Bolsonaro. Sérgio e o vice-presidente Hamilton Mourão afirmam que no Brasil não há racismo e que todo e qualquer movimento dos negros, como os atuais, não têm respaldo do governo. 

  • John Wayne praticamente perdeu o duelo para Zeca Pirão pela presidência da Câmara de Belém, que tem eleições marcadas para o próximo dia 1 de janeiro.
  • John Wayne caiu do cavalo atropelado por um “mocinho” que opera clínica geral, inclusive no faroeste caboclo, em Belém e no Estado, com quem tentou bater de frente.
  • O caramanchão parcialmente destruído em um dos canteiros da Praça da República, em meados deste ano, é a obra que mais tempo vem exigindo da atual administração para ficar pronta.
  • Deve ser a joia da coroa no cronograma de obras que a Prefeitura de Belém está entregando nestes momentos finais de gestão.
  • De olho na pandemia, o governo do Estado suspendeu a tradicional festa de fim de ano na Estação das Docas, que costumava reunir até 60 mil pessoas.
  • A OS Pará 2000, porém, não parece preocupada e abre neste final de semana o projeto “Natal das Luzes”, no mesmo local.
  • Na programação do evento não consta qualquer preocupação com o cumprimento das medidas sanitárias de prevenção à Covid-19. Tomara que os visitantes se cuidem.
  • O Tráfico de drogas no Pará, sobretudo de cocaína, passou a ser objeto de grande preocupação, principalmente por parte da Polícia Federal.
  • O Pará, que além de ser consumidor já era corredor do tráfico para outras regiões do País, agora utiliza o Porto de Vila do Conde, em Barcarena, para “exportar” o produto.
  • Grandes  apreensões de cocaína foram registradas ultimamente em Barcarena, elevando o Estado à condição de corredor estratégico para o tráfico internacional.
  • Há menos de dois meses, a avenida Conselheiro Furtado foi recapeada da rua Teófilo Conduru à Padre Eutíquio. Nesse tempo, ações da Cosanpa abrem um buraco atrás do outro e fica por isso mesmo.
  • O problema se estende a travessas como Barão do Triunfo e Angustura, no Marco. Verdade é que, além de demorar muito, o recapeamento da Cosanpa é de má qualidade.
  • O Plano de ação do governo brasileiro e do governo China para o período 2015-2021 vai muito bem, obrigado, e responde positivamente à estratégia da China “The Belt and Road”.
  • A parceria estratégica envolve a agência de pesquisa Jinhua Polytechnic e prevê a produção ecológica de mexilhão e de peixe por período de três a cinco anos.
  • A moda pegou em Belém. Agora, quem trafega na contramão são os carros de passeio. Ao cidadão impaciente e impotente resta aguardar a vez dos ônibus. E não demora.
  • O presidente do Sistema Fiepa, José Conrado, colocou à disposição do governo  recursos de pessoal e infraestrutura do Sesi Pará para apoiar o Estado na campanha de imunização da Covid-19.
  • Dia desses, motociclista de aplicativos de entrega de comida trafegava pelas ruas do bairro do Umarizal pela calçada, na contramão e atravessando o sinal vermelho.
  • Será que esse triplo feito não está por merecer música no “Fantástico”?

Pesquisa/Febraban

Brasileiro quer vacina e

encara 2021 com cautela

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Otimismo é o que não falta: população se diz preparada para novos desafios. O estudo pontua as expectativas do brasileiro com relação ao Novo Ano, a consciência sobre a segunda onda da pandemia na Europa e a chegada da vacina e destaca o espírito esperançoso de que “não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe”.

Depois de nove meses em quarentena, a maioria da população brasileira diz que vai se vacinar contra o coronavírus, assim que a vacina ela estiver disponível: 64% pretendem se vacinar com certeza; 24% poderão se vacinar; e apenas 8% dizem que com certeza não tomarão a vacina. Ainda assim, a opinião sobre a obrigatoriedade da vacina divide os brasileiros: 49% são a favor e 49%, contra.

A pesquisa mostra que o brasileiro está otimista em relação à sua situação pessoal em 2021, acreditando que sua vida vai melhorar. No entanto, a maioria da população ainda mostra apreensão quanto à economia do País. Os brasileiros apontam a crise econômica (57%) e o aumento do desemprego (45%) como os principais problemas que o Brasil enfrentará em 2021. A pandemia ainda permanece no horizonte de inquietações (29%).

Mesmo com os efeitos da crise causada pela pandemia, prevalece a expectativa de melhora a curto e médio prazo: mais de 40% esperam recuperação das finanças familiares ainda no ano que vem, e 39% acreditam na recuperação para depois de 2021.

Essas são algumas das principais revelações da quinta edição do Observatório Febraban -Pesquisa Febraban-Ipespe, Destaques de 2020: Expectativas para 2021, feita entre os dias 22 e 30 de novembro com 3 mil entrevistados acima de 18 anos em todas as regiões do País. O estudo ouviu a população sobre o impacto da crise na vida das famílias, quais os segmentos e as personalidades que mais contribuíram para o enfrentamento da crise do coronavírus, o aumento da bancarização, a confiança nas instituições bancárias, as expectativas para o próximo ano e a vacinação.

“O Observatório mostra que brasileiro está otimista em relação a sua vida pessoal para 2021, mas que tem os pés no chão, já que a pandemia continua e a maioria acredita que a plena recuperação da economia nacional só acontecerá após o próximo ano”, diz Isaac Sidney, presidente da Febraban (foto), sobre o que a pesquisa revela.

O levantamento mostra que a confiança nas diversas instituições está em alta, sendo que os bancos tiveram um papel especial nesse processo. Em questões espontâneas e múltiplas sobre empresas e marcas que mais contribuíram com doações e ações de enfrentamento à pandemia, quatro das cinco primeiras menções se referem a bancos. “O papel e a solidariedade do setor bancário brasileiro durante esta pandemia são um feito e um fato, e a população reconheceu isso na pesquisa”, diz Isaac.

Para o cientista político e sociólogo Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Ipespe, o ano de 2021 chegará com muitos desafios, sendo os principais deles o enfrentamento da crise econômica, o combate ao desemprego e a superação da nova fase da pandemia. “Mas, sem dúvida, encontrará uma sociedade mais madura e consciente da necessidade de enfrentar seus problemas com a responsabilidade compartilhada entre todos os atores: sociais, econômicos e políticos”, diz Lavareda.

A pesquisa é parte de uma série de medidas da Febraban para ampliar a aproximação dos bancos com a população e a economia real, de forma cada vez mais transparente. Veja:

  •  Impactos – Ao final do ano de 2020, a grande maioria das famílias brasileiras se diz afetada financeiramente pela crise do coronavírus (61%): 31% muito afetadas, e 30% afetadas. Apenas 12% consideram que a situação financeira da família não foi afetada, e 26% teriam sofrido pouco impacto da crise. O impacto da crise sobre as finanças familiares se traduz na expectativa majoritária de redução dos gastos no Natal, em comparação com o ano passado: 77% planejam gastar menos, contra apenas 5% de expectativa de aumento de gastos e 16% de repetição do Natal de 2019.
  •  Recuperação – A expectativa de melhora a curto e médio prazo prevalece: mais de 40% esperam recuperação das finanças familiares ainda no ano que vem e 39% acreditam na recuperação mais dilatada, após 2021. Os pessimistas (“não vai se recuperar”) representam apenas 4% dos brasileiros.
  •  Expectativas – As expectativas positivas no plano pessoal aumentam as boas expectativas do brasileiro: 15% se sentem muito otimistas e 37%, otimistas. Em clima de cautela estão 26% dos brasileiros (nem otimistas, nem pessimistas), enquanto os pessimistas e muito pessimistas somam 18%. Esse otimismo cresce com o aumento da renda e da escolaridade, e é muito acentuado entre os moradores da região Norte do país (61%).
  •  Poupança – Se as expectativas positivas se confirmarem, e sobrar dinheiro no orçamento, os entrevistados têm disposição para poupar e investir: poupança e outros investimentos bancários chegam a 69% de menções. Há um crescimento em relação à pesquisa de julho, quando apenas 37% tinham a expectativa de investir sobras do orçamento doméstico em poupança e investimentos bancários.
  •  Sobras – Outra expectativa para 2021 é, se possível, reformar ou comprar um imóvel (42%). Já a intenção de investimento na compra de carro ou moto subiu de 10% de julho para 19%. A pretensão de investir em cursos e melhoria da Educação da família aumentou de 16% para 27% em dezembro.
  •  Economia – A percepção de impacto da crise do coronavírus sobre a economia brasileira é significativa: chega a 92% o percentual dos que consideram que a economia brasileira foi muito afetada (72%) ou afetada (20%). Prevalece a percepção de dificuldade para a saída da crise. Dois terços (66%) imaginam que a recuperação da economia brasileira só acontecerá depois de 2021.
  •  Problemas – Os brasileiros apontam a crise econômica (57%) e o aumento do desemprego (45%) como os principais problemas que o Brasil enfrentará em 2021. A pandemia ainda permanece no horizonte de inquietações (29%). As dificuldades na área da Educação figuram no radar de preocupações de apenas um quinto dos brasileiros (21%). Outros problemas de Saúde (15%), aumento da violência (11%) e queimadas/desmatamento (9%) aparecem como problemas desafiadores com citações inferiores a 20%.
  •  Melhoria – De modo geral, as expectativas para o desempenho de áreas específicas da economia em 2021 mostram que os brasileiros mantêm o otimismo. 55% acreditam na melhora da oferta de emprego (29%) ou que fique na mesma (26%); 64% apostam que o acesso ao crédito irá aumentar (24%) ou permanecer como está (40%). A expectativa é menos favorável quanto ao poder de compra das pessoas (47%), sendo que 18% indicam melhoria e 29% que irá se manter. Quanto à inflação/custo de vida, 31% acham que irá melhorar (13%) ou ficar na mesma (18%). Sobre os juros (34%), 11% afirmam que irá melhorar e 23% que irá ficar igual.
  •  Segunda onda e o Natal – É expressivo o conhecimento sobre a segunda onda de Covid-19 na Europa (92%), assim como elevada a expectativa de uma segunda onda também no Brasil (82%). A maioria dos brasileiros pretende evitar se reunir presencialmente no Natal com familiares que não moram na residência – 42% não têm planos para se reunir e um quinto (21%) pretende se reunir com a família por vídeo chamada. Pouco menos de um terço (30%) tem a intenção de se reunir com os parentes nas festas natalinas.
  •  Vacinação – Quando estiver disponível, a vacina terá ampla adesão dos brasileiros: 64% pretendem se vacinar com certeza; 24% poderão se vacinar; e apenas 8% dizem que não tomarão a vacina com certeza. Os índices mais elevados de “com certeza não irá tomar” se encontrem exatamente nos segmentos mais vulneráveis: os mais idosos (11%) e com menor grau de escolaridade (12%). A opinião sobre a obrigatoriedade da vacina divide os brasileiros: 49% são a favor e 49%, contra.