Devo, não nego…
A Justiça do Pará concedeu prazo de 30 dias para a Prefeitura de Belém se manifestar sobre pedido do Sindicato dos Servidores Públicos do município de pagamento da parte incontroversa do processo que envolve dívida correspondente ao reajuste de 20.84% aos servidores desde a administração Augusto Rezende, 1992. Por parte incontroversa entenda-se a dívida que a prefeitura reconhece – mas se nega sistematicamente a pagar, embora esse item seja uma das promessas de campanha do prefeito Zenaldo Coutinho.
Caiu da rede
Já foi identificado o hacker que atua contra blogs e sites de oposição ao governo do Pará. Os sites “RomaNews” e “Parawebnews” foram hackeados quando noticiavam operação da Polícia Federal contra a cúpula do governo do Estado – o “Parawebnews” ficou fora de rede. De tão ocupado e dedicado ao trabalho sujo o hacker, que atua sob “proteção”, acha que ninguém sabe quem ele é – nem mesmo o pessoal de um município do sul do Pará.
Invasão de privacidade
Além do equipamento de espionagem da Polícia Civil identificada pela PF, o governo do Pará, através da Secretaria de Segurança Pública, também adquiriu junto à empresa Dígitro, sem licitação, equipamentos de interceptação telefônica e de dados. Ora, a Segup não é o órgão de Polícia Judiciária, ou seja, interceptações cabem apenas à Polícia Civil. Qual seria, então, o objetivo da Segup com equipamentos de interceptação telefônica e de dados?
O trem da história…
Treze meses depois da criação de um grupo de trabalho supostamente encarregado de elaborar consultas prévias às populações tradicionais para licenciamentos ambientais a empreendimentos de infraestrutura, previsto pela Convenção 169 da OIT, sequer o formulário – de consultas – foi concluído pelo governo do Pará. Resultado: desde o início do ano passado nenhum empreendimento de infraestrutura que necessite de estudos de impactos ambientais foi licenciado no Estado, nem mesmo para abertura de novos portos.
Está passando
Enquanto isso, o tão badalado Corredor Norte segue se entortando rumo ao Estado do Maranhão. Prova disso é o novo Terminal Portuário de Alcântara, recém-apresentado, e que complementará o aumento da exportação de minério de ferro extraído em território paraense pela Vale. É o Pará uma vez mais perdendo oportunidades por pura inação.
Sua alteza o arroz
Prestes a colher a maior safra de arroz do Pará nos campos do Marajó – mais de 300 mil toneladas -, o produtor Paulo Quartiero (foto) foi buscar um ombro amigo em Brasília. Ao presidente Jair Bolsonaro relatou que o produtor rural sofre nas mãos da burocracia do Estado com pesadas multas e impedimentos ambientais, além de passar a imagem de “inimigo da natureza”. Diz ele que o preço do arroz ficou congelado por cinco anos e muitos produtores abandonaram a lavoura, o que elevou o preço do produto aos píncaros.
Pará no topo
Entidades empresariais estão elaborando projeto voltado a alavancar a economia e colocar “O Pará no topo” – slogan do programa – nos próximos dez anos. Conhecido como Propará, o projeto envolve todas as cadeias produtivas do agronegócio, indústria, comércio e o terceiro setor, com a perspectiva de geração de milhares de novos empregos com a implantação de diversas indústrias. É uma solução caseira para um problema nacional.
Jacaré que se cuide…
Aviso aos incautos: sem coligação nas eleições proporcionais deste ano, ganhará quem tiver candidato a prefeito do próprio partido, já que é histórico aos postulantes majoritários pedir voto de legenda. Partidos coadjuvantes, por exemplo, ao pedirem voto para prefeito, estarão ajudando midiaticamente a eleger concorrentes, o que remete à previsão de risco de se registrar uma das maiores ondas de traições da história.
Ou vira bolsa
O artigo 108 do Código Eleitoral e todas as novidades instituem que, nas eleições proporcionais, o candidato precisa obter o mínimo 10% de votos do coeficiente eleitoral. Então, votinhos não elegerão ninguém, por mais que a legenda seja campeã de votos. Essas mudanças também podem proporcionar um fato matematicamente bizarro: partido campeão de votos em legenda com candidatos sem 10% do coeficiente eleitoral não elegerá um único vereador e ainda ajudará a eleger candidatos adversários.
Papo Reto
Na comparação com uma torre de dez andares, dizem que tudo o que foi apurado pela PF até agora envolvendo a alta cúpula do governo do Pará equivale a apenas um andar.
Se não é ironia do destino, parece: a tal “Maleta espiã” fez da Polícia do Pará um caso de Polícia. E pensar que Polícia sugere segurança ao cidadão.
É a cereja do bolo do sistema big brother da Segurança Pública cuja contratação, por R$ 5 milhões, publicada no Diário Oficial do Estado, deveria ser publicada apenas no Diário Oficial do Estado.
Aliás, esse quiproquó que colocou o governo do Pará no topo da cadeia das grandes quadrilhas tem tudo para render desdobramentos mais arrepiantes.
O ex-delegado-geral de Polícia Alberto Teixeira virou secretário Estado de Justiça e Direitos Humanos do Estado com a “patriótica” chancela do PSL, em troca de apoio à candidatura José Priante, em Belém.
Há candidatos em Belém que ainda estão fazendo pose para fotografias, sem se aperceberem que as eleições serão dentro de um mês e meio.
Projeto inédito de produção de calcário será implantado no sudeste do Pará, sob a responsabilidade da Serra Dourada Mineração.
Com produção inicial estimada de 40 milhões de toneladas por ano, o empreendimento promete incrementar a produção de grãos da região e do Estado.
Programada para começar no próximo hoje, a campanha eleitoral deste ano, de tiro curto, seguirá somente até 12 de novembro.
A Academia Paraense de Jornalismo, ao menos ela, planeja patrocinar importantes eventos – presenciais e nas redes sociais.
Um deles será a campanha permanente de defesa e valorização da Amazônia e outros terão fake news como tema e cuidados com o patrimônio histórico.