O chefe da Defensoria Pública do Pará, advogado Paulo Ledo, cujo início de carreira, em pleno estágio probatório, para ser exato, teve lá seus atropelos por conta do cargo de defensor que deveria ocupar em Altamira e o escritório de advocacia do qual não queria abrir mão, em Belém, deve ter esquecido, como chefão da DP, as regras mínimas de urbanidade e do tratamento cordial durante reunião de trabalho envolvendo pauta de questões de vinculação e aposentadoria de um grupo de 17 defensoras. Além de grosseiro e deselegante, Paulo Ledo foi ameaçador. A certa altura da conversa, o chefe da Defensoria Pública saiu-se com o seguinte comentário: “Vocês vão sentir o peso da mão do Estado!” Todos os 17 defensores que o ouviam estão aposentado e brigando por direitos adquiridos que estão virando fumaça em função das novas regras de aposentadoria.
Intimação oficial: é
aceitar ou aceitar
Passando da palavra à ação, Paulo Ledo fez publicar no Diário Oficial do Estado do último dia 1º “intimação” aos defensores aposentados: eles devem se apresentar em seu gabinete, na próxima segunda-feira, às 9 horas, com advogado, na última tentativa de resolver o imbróglio, que consiste em assinar acordo firmado entre a Defensoria Pública, o Igeprev e a PGE “ante a situação da nova regra de aposentadoria trazida pela Reforma da Previdência e à regularização da função ocupada por Vossas Senhorias como servidores não estáveis” e destaca que, “em caso de não comparecimento, a DP tomará as medidas cabíveis”. Bem, como alguns aposentador do grupo já “surtaram” com a pressão e com a inevitável redução do valor da aposentadoria, nem todos estarão presentes à reunião.
Ano eleitoral, jogo pesado,
inclusive na saúde pública
Funcionários da Empresa E.B. Cardoso, detentora de contrato de prestação de serviços de limpeza e conservação no Hospital Regional de Conceição do Araguaia, denunciam à coluna que estão obrigados, até hoje, a apresentar documentação eleitoral e ficha de filiação partidária ao MDB, caso queiram continuar trabalhando.
União Brasil terá a maior
bancada no Câmara Federal
O novo partido União Brasil, nascido da fusão entre o DEM com o PSL, ex-partido do presidente Bolsonaro, terá a maior bancada da Câmara Federal, reunindo as forças de centro-direita, com 81 deputados, sete senadores e cinco governadores, com a possibilidade de ampliar ainda mais esses números a partir de outubro. Dinheiro pelo menos é o que não vai faltar, graças ao bilionário Fundo Eleitoral, no qual as maiores bancadas ficam com a parte do leão. No Pará, essa nova ordem política causa estremecimentos em alguns, sonhos de verão em outros e muitas dúvidas no eleitorado.
Os deputados federais paraenses Celso Sabino e Hélio Leite são os encarregados de dialogar com as bases e atrair novos quadros, sendo possível Sabino assumir a presidência da nova sigla no Estado. Já a deputada estadual Heloisa Guimarães, ex-jatenista, não esconde sua admiração pelo presidente Bolsonaro e provavelmente irá apoiá-lo. Outros deputados, como Hilton Aguiar e Nilton das Neves não se manifestaram ainda.