Alegando “dificuldades financeiras, devido principalmente à crônica e alta inadimplência”, a direção do badalado Condomínio Lago Azul, em Ananindeua, local onde reside o governador Helder Barbalho, assumiu a condição de pedinte para resolver problemas que “clamam por solução inadiável”. É um caso a pensar: o mau estado de conservação das ruas de Ananindeua não atinge apenas a população nativa do município; muito pelo contrário. E mais: se irá ou não participar da ‘vaquinha” não se sabe, mas o governador Helder Barbalho certamente não planeja cair na esparrela do prefeito Daniel Santos, denunciado ao Ministério Público por pavimentar um condomínio privado.
Em documento distribuído aos condôminos, a direção do Lago Azul abre o jogo. Abre aspas: Surgiu a ideia de se abrir um canal para doação voluntária entre os apoiadores da chapa Renovação, com o que se levantaram recursos para o capeamento asfáltico da entrada do condomínio e para a operação tapa-buracos ao longo da avenida Lago Azul, serviços já parcialmente concluídos.
Há muito ainda a fazer e os recursos financeiros são escassos. Convidamos, assim, todos aqueles que desejem colaborar com esse esforço emergencial a aderir à campanha doando valor mínimo de R$ 1.000,00 que, cremos, seja possível dentro do orçamento de cada um. A doação poderá ser feita na conta informada abaixo com o compromisso de haver prestação das contas em momento oportuno. Fecha aspas.
Violência: assalto com refém
O Condomínio Lago Azul não é conhecido apenas por ser a residência do governador Helder Barbalho e outras pessoas de grande poder na sociedade paraense – é residência de políticos de Ananindeua, empresários, promotores e juízes. Em 2021, seis assaltantes invadiram uma residência no condomínio e roubou bens e um veículo em outra, inclusive fazendo refém.
Pirarucu morto a pauladas
Mais recentemente, moradores do condomínio protagonizaram cenas deprimentes ao abaterem um pirarucu no lago natural que atravessa o residencial a golpes pau e de enxada, em meio a várias latas de cerveja. O caso ganhou repercussão. Os envolvidos, nove pessoas, entre moradores e convidados foram chamados às falas pela direção do condomínio e acabaram na Delegacia de Meio Ambiente e Proteção Animal. Somente os moradores foram multados.