Grupo de dirigentes da Adufpa, incluindo a presidenta licenciada Edivânia Alves, candidata à Câmara Federal, em visita ao reitor Emanuel Tourinho, que deve jurar de pés juntos desconhecer a estratégia do Psol relacionada às eleições de outubro/Fotos: Divulgação.

Circula em pequeno grupo da diretoria da Associação dos Professores da UFPA, do qual participa a presidenta licenciada Edivânia Alves – agora, e somente agora, a distinta professora aparece como “licenciada” do cargo, candidata que é à Câmara Federal -, informação segundo a qual a diretoria da associação se reuniu, sob o comando da presidenta licenciada, e deliberou pela saída da greve. Foi dela, inclusive, a proposta colocada à apreciação do comando de greve de realização de  assembleia geral para o dia 22 deste mês, com saída imediata do movimento.

A postagem informa que, em Brasília, é dado como certo que a professora Edivânia Alves e outra integrante da diretoria da Adufpa de prenome Adriane irão “integrar”, na próxima eleição, “a nacional, via o Regional”, seja lá o que isso significa, e conclui: “Pelo visto, eles estão divergindo sobre o encaminhamento da greve” – ao que se seguem os seguintes comentários:

 “Olha a moeda de troca pra Adriane: um cargo na diretoria nacional…”

 “Logo agora que a deliberação do Andes é a deflagração da greve para 27 de junho. Enfim…”

 “Direção burocrata negocia a greve por cargos. A conferir”.

Fios levam à mesma meada

Segundo a coluna apurou, a informação sobre a realização de assembleia geral no próximo dia 22 procede. Adriane Lima, que supostamente irá “integrar a nacional, via Regional”, presidente em exercício da Adufpa,  quer a continuidade da greve e diz que não irá presidir a assembleia. 

A presidenta licenciada Edivânia Freitas teria sido orientada pelo Psol a convocar assembleia geral em função dos desgastes a que o movimento foi submetido em Belém, e, talvez por isso, o Andes Sindicato Nacional – também ligado a outra corrente do partido – teria anunciado a indicação de greve nas universidades públicas a partir de 27 deste mês. Se não é uma orquestração político-partidária, parece.

À espera do MPF, que está mudo

 Enquanto isso, professores se mobilizam na UFPA para comparecer à assembleia e votar contra a continuidade da greve. Outros aguardam manifestação do Ministério Público Federal – e vão continuar aguardando – para ingressar com pedido de abertura de procedimento com base em notícia de fato solicitando a nulidade da greve.