Arthur recebeu nome que liderou o ranking da preferência até ano passado, mas agora perde para Gael. Entre as meninas, Maria Alice assume a ponta, no lugar de Laura. Desde a instituição de lei federal,Brasil registrou 4.970 alterações de nome/Fotos: Divulgação.

Ano que marca o fim da imutabilidade do nome no Brasil tem Gael como novo líder entre os meninos e Maria Alice, que segue na primeira colocação no Estado. Uma das grandes novidades neste ano, o nome deixou de ser imutável no Brasil.

 Embora desde junho deste ano seja possível a qualquer adulto maior de 18 anos alterar seu nome em Cartório independentemente do motivo, e pais de bebês, em consenso, alterarem o nome do recém-nascido em até 15 dias após o registro de nascimento – Lei Federal 14.382/2022 -, a preferência do paraense não mudou entre os nomes femininos: Maria Alice, com 783 registros, permanece sendo o nome mais escolhido. Entre os homens, há uma novidade interessante: Gael desbancou Arthur e foi o nome mais registrado entre os meninos recém-nascidas, com 798 registros.

Sai Arthur, entra Gael

Em 2022, Gael, que ano passado estava em segundo lugar, é seguido por João Miguel (725), que também subiu uma posição, e Arthur (715), que em 2021 ocupava o primeiro lugar. Heitor (685) e Miguel (684) vêm logo atrás, na mesma posição do ano anterior. Samuel (558) subiu uma posição e se encontra, hoje, em sexto lugar, seguido de Enzo Gabriel (505), além de demais nomes bíblicos como Ravi (499), Davi (495) e Gabriel (454).

Meninas Maria Alice

No caso das meninas, a líder contínua Maria Alice é seguida por Maria Cecília (550), que também não mudou de posição do ano passado para cá. Alice (412) subiu duas posições e alcançou o topo 3. Laura (412) vem na sequência, seguida por Helena (381) e das variações de nomes compostos Maria Clara (375), Maria Eduarda (364) e Maria Júlia (363).

Neste ano, duas novidades invadem os dez nomes femininos mais escolhidos: Isadora (320) e Maria Isis (314) fecham a lista.

 “O ranking mostra como os gostos das famílias paraenses se comportam ano após ano, quais são as tendências e quais nomes perdem força com o passar do tempo. Maiores de 18 anos agora podem alterar seu nome em Cartórios, mas é importante destacar que isso só pode ser feito uma única vez, então, as pessoas precisam pensar bastante para ter certeza da alteração”, diz a presidente da Associação dos Registradores de Pessoas do Pará e diretora da Anoreg, Fabíola Queiroz.

Mudança de nome

Passados seis meses da entrada em vigor da nova lei federal que permitiu a troca de nome a partir dos 18 anos independentemente do motivo, assim como a mudança de nome de recém-nascidos em até 15 dias após o registro de nascimento, o Brasil registrou 4.970 alterações de nome diretamente em Cartórios de Registro Civil.

Para esse ato, necessário que o interessado, maior de 18 anos, compareça à unidade com seus documentos pessoais. O valor corresponde ao o custo de um procedimento, tabelado por lei, e que varia de acordo com a unidade da federação. Caso a pessoa queira voltar atrás na mudança, deverá entrar com uma ação em juízo.