O advogado Alex Centeno, primo do governador, assumiu contratos importantes através de seu escritório de advocacia deste a eleição de Helder Barbalho/Fotos: Divulgação.

No meio jurídico não se fala outra coisa: o governador Helder Barbalho quer porque quer emplacar o primo Alex Centeno no desembargo, vaga aberta com a aposentadoria do desembargador Milton Nobre e destinada ao Quinto Constitucional no Tribunal de Justiça do Pará, isto é, a ser ocupada por um advogado representante da OAB. A tradição tem demonstrado que, desde a disputa, até a escolha final pelo governador, a vaga sempre foi para nomes de peso da advocacia, quer pelo conhecimento, quer pela história profissional construída pelos concorrentes. Ou seja, um painel de participantes com advogados de renomes e que tenham a confiança e o respeito da categoria. 

O que está em jogo

O que estará em jogo desta vez é a conhecida e necessária independência da Ordem, que muitos ainda acreditam não irá se curvar a caprichos para aceitar o jogo que está sendo armado – até para que a história da atual gestão, que assumiu recentemente, não fique marcada pela influência política. Há quem garanta que esse jogo está tão pesado que alguns candidatos com potencial para arregimentar votos e chegar às últimas etapas da nomeação estão simplesmente sendo aconselhados a “pular fora” do processo.

Carreira ascendente

O advogado Alex Centeno tem 35 anos e é filho do diretor- executivo do Grupo RBA, Camilo Centeno, sendo, portanto. primo do governador Helder Barbalho. É sócio de um escritório de advocacia emergente que, desde que o primo assumiu o governo, vem crescendo de maneira assustadora e ganhando a cada dia novas contas, sejam elas do setor público, principalmente  prefeituras, ou mesmo empresas privadas, que, dizem, seriam carimbadas para defesa de causas impossíveis. 

À espera do edital

Há muita expectativa quanto à publicação do edital da OAB que irá estabelecer critérios e datas da votação. O processo acontece da seguinte forma: primeiro, abrem-se as inscrições aos advogados interessados em participar da  disputa, que acontecerá por votação da categoria. Dos 12 nomes mais votados, apenas seis irão compor a chapa selecionada pelos conselheiros da Ordem. A relação vai ao TJE para escolha dos três nomes que formarão a lista tríplice a ser submetida ao governador para nomeação do desembargador.

Papo Reto

Divulgação
  • Do jornalista Lúcio Flávio Pinto: Sebastião Godinho (foto) tem se revelado um dos maiores conhecedores e defensores do patrimônio cultural, histórico e arquitetônico de Belém.
  • Pratica sua militância no espaço que criou, o Facebook, com seu conhecimento amplo e detalhado da cidade. Não deixa de produzir novas informações com sua câmera nas caminhadas que faz por toda capital paraense.
  • Fará uma falta enorme ao Conselho Municipal de Proteção ao Patrimônio Cultural, empossado semana passada. 
  • Dezoito votos depositados nas urnas da Fiepa até o momento da suspensão oficial da eleição determinada pela Justiça do Trabalho permanecem lacrados até segunda ordem.
  • Depois de ser condenado por crime de pedofilia há 20 anos de reclusão, o médico e ex-deputado Luiz Seffer parece que tão cedo não irá cumprir a pena que lhe foi aplicada pelo TJE.
  • Dinheiro e poder são ainda os recursos mais eficazes para se escapulir dos braços da justiça neste país.
  • O deputado Chicão Melo perdeu a vaga de vice de Helder Barbalho para a ex-secretária Hanna Ghassan e se cochilar perde a presidência da Alepa para o Iran Lima. Esse é o plano.
  • Dizem que o Banco do Brasil tem melhorado bastante no quesito humanização do atendimento. Mas, na Agência Icoaraci, a boçalidade e o despreparo se unem na conduta dos dois triadores de atendimento.
  • O governador Helder Barbalho assina hoje a ordem de serviço para inicio dos estudos do canal do Quiriri e Espadarte, visando permitir a navegação de embarcações de grande calado.
  • Na Casa das Frutas, no térreo do Edifício Manuel Pinto da Silva, bicicletas e motos da mercearia ocupam  as vagas de veículos de idosos e deficientes, mas fiscais da Semob, que sempre passam lá, se fazem de cegos.