Suspeita de “rachadinha”
na Prefeitura de Belém
Está redondamente enganado quem acredita que corrupção não passa recibo. Servidores comissionados de uma secretaria da administração Edmilson Rodrigues que o digam. Eles têm sido sistematicamente obrigados a pagar taxa mensal correspondente a uma suposta “contribuição partidária” de 10% sobre o valor dos vencimentos, sejam ou não filiados a partido político – o que remete à impressão de que não se trata de contribuição partidária coisa nenhuma, mas de uma infame “rachadinha”. Um dos recibos está com a coluna.
Dono da vaga
O procedimento é tanto mais descarado e vergonhoso porque o “caixa” funciona dentro da sala do setor Jurídico da Secretaria, cujo titular está na cota de indicações do deputado Cássio Andrade, derrotado na disputa pela Prefeitura de Belém pelo PSB, tendo emprestado – ou seria vendido? – apoio a Edmilson Rodrigues no segundo turno. O titular da Secretaria integrou a administração anterior e responde a processo no TCM.
Justiça de faça
O vereador Fernando Carneiro, do Psol, protocolou, na última sexta, no TJ do Pará, ação popular em que exige do Sindicato das Empresas Ônibus de Belém informações sobre a quantidade e a adequação da frota em 24 horas; documentação individualizada por empresa e linha de ônibus contendo lista com quantidade de frotas atuantes; placa; ano; modelo; quantidade de lugares disponíveis e itinerários. Motivo: as regras da pandemia.
Estranha cobrança
O que soa estranho na cobrança é o fato de o vereador ignorar solenemente a Secretaria de Mobilidade Urbana, a Semob, da própria Prefeitura de Belém, dá qual é integrante – além de o ter sido na administração anterior de Edmilson Rodrigues, quando saiu da diretoria Técnica para ocupar a vaga das demissionária Cristina Baddini na presidência da então CTbel. Quanto aos empresários de ônibus, bem, dizem que supõem saber do que se trata.