Brasileiro vê a situação
cada vez pior na pandemia

A sexta edição do Observatório Febraban – Pesquisa Febraban-Ipespe -, divulgada ontem,

aponta que o isolamento social e as medidas adotadas para combater a Covid-19 já tiveram impacto profundo na vida e no sentimento dos brasileiros depois de um ano de pandemia. E o sentimento predominante é preocupante: a situação atual está piorando e a doença se tornou uma realidade cotidiana. A maioria já tem parente ou amigo que morreu ou foi contaminado pela doença. Para a maior parte da população, só a vacina salva.

Vacinação lenta

A pesquisa ouviu 3 mil pessoas nas cinco regiões do País entre os dias 1 e 7 deste mês. Para 77% dos entrevistados, o entendimento é de que as vacinas são a única forma segura e eficaz de se proteger do coronavírus. Apenas 19% não confiam na imunização. A maioria (81%) entende que o ritmo da vacinação no Brasil ainda é insatisfatório e lento e 16% considera o ritmo satisfatório e normal, diante da pouca disponibilidade da oferta. Os dados da pesquisa foram analisados pelos médicos Dráuzio Varela e Antônio Lavareda.

Divulgação

Tiro no pé

Ganha uma pescada amarela quem revelar o nome do “gênio” que conseguiu a proeza de convencer o prefeito Edmilson Rodrigues a decretar medida de controle da circulação do pescado de Belém (foto) como forma de reduzir preços e garantir o abastecimento durante a Semana Santa. Ano passado, depois de ouvir quem entende do riscado – técnicos, balanceiros e comerciantes -, o governo percebeu a inutilidade da medida.

Mandou bem

Não assinou decreto semelhante pela simples razão de que, com a proibição, donos de embarcações passam, imediatamente, a descarregar suas produções no porto de Carutapera, no Maranhão, ou em Macapá. A Semana Santa coincide com a entressafra do peixe, que, naturalmente, já fica mais escasso. A proibição de saída de pescado só serve para sabotar a própria oferta do produto, elevando os preços para o consumidor.

Legislação burra

Enquanto isso, recolhida à sua insignificância histórica, a piscicultura paraense, que poderia equilibrar a oferta de peixes neste período, segue estrangulada e esquecida, inviabilizada por uma legislação ambiental para lá de ultrapassada, que cerceia completamente o cultivo profissional, deixando-o sem competitividade. Por essas e outras produtores de Estados vizinhos oferecem pescado muito mais barato. Resumo: enquanto o Pará insiste na insanidade em proibir a saída de pescado, a vizinhança solta fogos.

Não multiplica

Se fechar o patamar de 520 mil toneladas em exportação de tilápia, estimado para este ano, o Brasil se manterá no modesto quarto lugar do ranking mundial de produção da espécie, segundo o Anuário Brasileiro de Piscicultura. E se comparar com o Egito, que é cercado de desertos e hidratado por um – e tão somente um rio – o Nilo -, mas que deve chegar a 990 mil toneladas exportadas vê-se o quanto o País engatinha nessa atividade.

Pura teimosia

A Assembleia Legislativa do Pará decidiu promover sessão ordinária no formato presencial, ontem, à base de “tantas quantas sessões necessárias”, para esgotar uma pauta de 19 projetos, quase a metade de interesse do governo do Estado. Servidores da Casa esperaram até o final da tarde de segunda-feira pela publicação de ato restabelecendo o trabalho remoto em meio ao lockdown decretado pelo Estado. Em vão. A Assembleia Legislativa conta no mínimo 26 servidores que penderam a vida durante esta pandemia.

Trem passou

O ministro do STF Alexandre de Moraes suspendeu a eficácia da lei que alterou os limites do Parque Nacional do Jamanxim e mandou pra o espaço, pelo menos por enquanto, o sonho de construção da chamada Ferrogrão, que prevê ligar o município de Sinop ao Porto de Miritituba, no Pará. A lei questionada pelo Psol excluiu 862 hectares do Parque Nacional do Jamanxim para receber a obra, o que o partido considera “inconstitucional”.

Carta aberta

Em carta aberta encaminhada ao governo do Estado, lideranças empresariais e políticas de Bragança e região informam que, a partir desta quarta, 17, não aceitarão nem seguirão novos decretos que impeçam a qualquer pessoa de exercer seu direito constitucional da livre iniciativa. Alegam que medidas dessa natureza inviabilizam a continuidade de atividades econômicas e ameaçam a segurança do emprego, defendem o tratamento precoce, transparência da vacinação e mais investimentos na área da saúde.

Plantão JF

A Diretoria do Foro da Justiça Federal determinou a retomada do regime de plantão extraordinário apenas no âmbito da sede da Seção Judiciária, em Belém, a partir das 21h da última segunda-feira, até o próximo dia 22 de março, prorrogando-se esse prazo automaticamente, caso seja mantido o lockdown na região metropolitana, que inclui a capital e mais quatro municípios – Ananindeua, Marituba, Santa Bárbara e Benevides.

Arco e flecha

O senador Paulo Rocha, do PT, entrou com representação na Câmara Federal para tentar barrar decisão presidencial que libera o uso sustentável de áreas indígenas também por forasteiros. A maior preocupação do parlamentar – e também de alguns especialistas – é que a medida seja o pontapé inicial para uma série de conflitos, a exemplo do que ocorreu em outras regiões com atividades semelhantes.

Internet grátis

A OAB no Pará anuncia projeto desenvolvido em parceria com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica que promete garantir internet pública gratuita e de qualidade para serventia dos advogados. Criada em 2020 – a mais nova do Sistema OAB-PA, a subseção de Uruará, na região sudoeste do Estado, será a primeira Subseccional contemplada com a medida.

Boa viagem

Bilionário da moda, o japonês Yusaku Maezawa quer pagar a viagem de voluntários que desejam ir à Lua em 2023 pela empresa SpaceX, do multimilionário Elon Musk. Caso você se “ache” um artista, pode se inscrever. Antes, precisa se encaixar no perfil exigido pelo bilionário colecionador de obras de arte. As inscrições estão abertas no endereço do site Dear Moon, que em português significa “Querida lua”. Preço da vaga: R$ 660 milhões.

  • Erra quem diz que Castanhal não integra a Região Metropolitana de Belém. É sim, desde 2016, por proposição do então deputado Marcio Miranda.
  • Aposentado que não sai de casa há um ano concluiu que após a pandemia continuará confinado por ter adquirido “Agorafobia”. Afinal, acrescenta, o número de pedintes, pequenos furtos e assaltos tendem a crescer em Belém.
  • E mais: lamenta ter que ficar em casa, que, infelizmente, seu trabalho não é essencial e que suas contas a pagar igualmente teriam perdido essa condição, para desespero dos credores.
  • O professor Carlos do Maneschy, internado em hospital de São Paulo para tratamento de Coivid-19, foi transferido da UTI para um apartamento e segue com melhoras do quadro clínico.
  • O presidente do CNJ e do STF, ministro Luiz Fux, designou a desembargadora Célia Regina de Lima Pinheiro, presidente do TJ do Pará, como integrante do Centro de Inteligência do Poder Judiciário.
  • O Sinduscon lançou neste mês a campanha “Com Cuidado Se Constrói”, com a qual leva aos canteiros de obras profissionais de saúde do Sesi para falar sobre a pandemia.
  • A ideia é fazer dos canteiros de obras locais seguros para os colaboradores da construção civil do Pará e tem dado bons resultados.
  • O promotor Carlos Stilianidi irá dirigir o Grupo de Atuação Especial de Inteligência e Segurança Institucional do MP. Alexandre Tourinho será o chefe de gabinete do PGJ César Mattar.
  • O deputado Celso Sabino recebeu o novo ministro da Saúde, na noite de segunda-feira, em sua residência, em Brasília, de quem cobrou mais agilidade na aplicação de imunizastes contra a Covid-19 na RMB.
  • A partir desta quarta, que for flagrado transitando sem comprovação estará sujeito ao pagamento de multa superior a R$ 150, que será duplicada em caso de reincidência.
  • O Distrito de Mosqueiro está abrindo uma policlínica e instalando mais duas tendas anexas ao hospital para atendimento de casos de Covid-19. Só faltam os equipamentos.
  • O governo anuncia a abertura de cerca de 500 novos leitos para garantir assistência aos pacientes infectados pelo novo coronavírus em todo o Estado.
  • A sede da OAB Pará está fechada desde ontem em cumprimento ao lockdown. Todos os setores funcionarão em regime de home office.
  • O Pará vai receber R$ 3 bilhões em fomento para serem aplicados nos setores da economia por meio de incentivos do Banco da Amazônia.