O encontro reunindo o candidato ao Senado e o senador do PT, além da ex-governadora Ana Júlia, não aconteceu depois do cotoco público, mas, internamente,
 

Informações apócrifas encaminhadas à coluna dão conta de suposto encontro entre cardeais do PT no Pará depois do cotoco nada sutil endereçado pelo senador em final de mandato, Paulo Rocha, ao candidato do partido ao Senado, deputado federal Beto Faro. A coluna apurou, mas, até onde pode chegar – e foi fundo -, esse encontro não ocorreu, ao menos até agora.

Segundo a teoria da conspiração, o encontro teria reunido Paulo Rocha e Beto Faro, além da ex-governador              a Ana Júlia, candidata à Câmara Federal tida e havida como bem cotada, inclusive empurrando a deputada Dilvanda Faro, mulher de Beto Faro, que também aspira à vaga, ladeira abaixo. Nesse caso, Paulo Rocha tampouco espetou o dedo em direção a Beto Faro avisando que “a vingança é um prato que se come frio”, como querem fazer crer os conspiradores infames.

A única verdade extraída da apuração das informações aponta para o óbvio: depois do cotoco, Beto Faro e Paulo Rocha trocaram de mal – mesmo que o senador tenha tentado emendar o soneto ao final da convenção do MDB que serviu de cenário para o seu suposto descontentamento com o colega de partido, a pedra que a legenda botou no caminho para atropelar sua reeleição, impedindo a ampliação do seu já longevo mandato como senador da República.

Verdades a olho nu

Outra verdade, não necessariamente extraída a partir do suposto encontro, é o indisfarçável clima de beligerância dentro do PT e o esfacelamento da candidatura do partido ao Senado. À luz das últimas pesquisas eleitorais, por exemplo, a candidatura Beto Faro é crítica, ao mesmo tempo em que vê cada vez mais reduzidas as chances de eleger a própria mulher à Câmara Federal, ante o crescimento da candidatura Ana Júlia. Dentro do PT, há quem diga que, ao final e ao cabo, o casal ficará sem mandato, o que é uma perspectiva terrível.

Segundo fontes do partido, nem dentro da Prefeitura de Belém, onde controla espaços considerados importantes, como a Secretaria de Saneamento, Secretaria de Economia e vice-prefeitura, a família Faro tem hegemonia: o vice-prefeito Edilson Moura e seu grupo emprestam apoio político a Ana Júlia (federal) e Lívia Duarte (estadual) e o secretário de Economia, Apolônio Brasileiro, vai de Airton Faleiro (federal) e Lívia Duarte.

Parte segura do feudo

O cantinho reservado a Beto e Dilvanda Faro é a Secretaria de Saneamento, onde a secretária Evanize Gasparim se digladia com empreiteiros e garis para condicionar apoio à candidatura de Dilvanda à Câmara Federal e Beto Faro ao Senado, mas isso não é o bastante.

Papo Reto

Divulgação
  • Partidarizou mesmo a corrida para o Quinto Constitucional. Tudo bem que Carlos Kayath (foto), é cunhado da vice na chapa de reeleição do governador, mas daí a se fantasiar de azul para mostrar que está com chefe – sem trocadilho com o “chefe”, segundo o desembargador Rômulo Nunes – vai uma distância abissal…
  • Pelo  menos um lugar no Pará pode ser considerado seguro. É o bairro de Águas Lindas, em Marituba, região da Grande Belém.
  • Segundo os comerciantes, o Comando Vermelho cobra pela segurança privada e não se tem notícia de problemas de furtos e roubos. Não se sabe o que acontece com quem se recusa a pagar ‘taxa de proteção’.
  • Cena apocalíptica  e preocupante foi o nascer do sol visto de edifícios  de Belém, ontem: uma grossa névoa de lixo queimado com cheiro horrível avançando sobre a cidade.
  • Na troca da organização social para administrar o Hospital Metropolitano sobrou para o baixo clero: calote salarial.
  • O novo programa de entrevistas, inclusive esportivas, de Paulo Bahia, que estreou ontem à noite na nova rádio e TV Web Belém se chama Papo Reto. Por nada. Sucesso.
  • O preço da gasolina comum, em Belém, acabou meio que “tabelado” em R$ 5,29 pelo sindicato dos postos. É impressionante a exata similitude de valores nas placas.
  • Nada, nada, o Tesouro Nacional pagou em julho mais de R$ 400 milhões em dívidas de Estados.
  • A Balança comercial brasileira teve saldo positivo de US$ 1,2 bilhão na primeira semana de agosto, com US$ 7,2 bilhões de exportações e US$ 6,0 bilhões em importações.
  • O perfil do torcedor e as novas plataformas revolucionam a indústria do futebol. Estudo aponta avanço de publicidade e marketing nas receitas dos clubes. Apesar de a representação ainda ser baixa, e potencial do streaming como ferramenta de mídia.