Imagem do documento de licitação: O Diário Oficial do Estado publicou o resultado da licitação que visava levantar recursos para o programa de asfaltamento de ruas do governo/Imagem DOE
Alguma coisa está fora de ordem: resultou deserta – sem apresentação de propostas por qualquer dos meios disponíveis – a licitação aberta pelo governo Helder Barbalho, através da Secretaria de Planejamento e Administração e Secretaria da Fazenda visando contratar de R$ 800 milhões junto à rede bancária para financiar a fase dois do Programa Asfalto por todo o Pará. Esse tipo de resultado não é exatamente incomum, mas chama à atenção: sugere que o edital não contempla os interesses dos agentes financeiros, ou que os agentes financeiros estão com um pé atrás com relação ao governo. Pelo sim, pelo não, o encerramento do processo compromete parte dos planos do governo em ano eleitoral.
“Herança maldita
anunciada”
O festival de empréstimos do governo Helder Barbalho nos últimos dois anos está chamando a atenção de especialistas. Um deles, o economista e professor Eduardo Monteiro publicou seu “espanto” nas redes sociais sob o título “Estarrecedor – mais um empréstimo”. Veja alguns trechos: “É estarrecedor o processo de endividamento da máquina pública estadual que estamos (passivamente) assistindo nos últimos dois anos. As próximas gestões terão que administrar o passivo recebido, e amargarão uma “herança maldita”, tendo como resultado a diminuição da capacidade de investimento do estado no médio e longo prazo”.
Deputados omissos
ou coniventes?”
“Ademais, isso vai ter gravíssima repercussão na realização de novos concursos públicos, ou mesmo na capacidade de reajustar salários dos servidos estaduais no futuro próximo. Espero que estes não culpem os próximos governadores, mas se lembrem de quem estrangulou as contas públicas. Uma gestão pública responsável não olha exclusivamente para o horizonte do curto prazo ou apenas para a sua gestão”. Serão pelo menos duas décadas para honrar o volume de empréstimos já contratado pelo atual governo e voltar a equilibrar as finanças públicas do Estado do Pará. E a Alepa Por que os nossos deputados permanecem omissos ou estão coniventes? Fica a indagação!”.