“É de graça, eu quero”, ou, por outra: “De graça vai até injeção na testa”. O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Chicão Melo, implantou um centro de testagem rápida para Covid-19 que passa a funcionar a partir de hoje em uma das salas da Casa. O teste, anunciado em alto e em bom tom como destinado apenas a servidores que apresentarem algum tipo de sintoma da doença, virou um complicador: o problema é que já tem gente convidando até a sogra para fazer o exame. Outros, sem nenhum sintoma, querem porque querem fazer, ainda que sem qualquer sintoma, mas apenas para satisfazer a vontade de usar aquilo que entendem ser “de graça”. Lembra o caso do sujeito que pediu um cigarro ao amigo que não fumava. Contrariado, perguntou o que o amigo carregava no bolso: “Colírio”, foi a resposta, e o pedinte: “Pinga aqui, pinga aqui…”
Informações distorcidas
A irresponsabilidade com informações distorcidas sobre a vacinação de crianças em grupos de Whathsapp não tem limite. E muito menos fiscalização. Durante o final de semana, correu nas redes vídeo de uma criança com forte crise de vômito, no interior da Bahia, problema que nada tinha a ver com o imunizante. Mas o desserviço de quem compartilhava a gravação associava o caso à vacinação contra a covid-19, gerando dúvidas e críticas desnecessárias sobre assunto. Assim fica difícil.
Fé no que virá
Por mais que a nova onda de Covid-19 contamine e assuste o País, a crença no controle da doença não tira a fé – ou a necessidade – do setor de entretenimento. Prova disso são os shows do cantor Harry Styles, ídolo entre jovens e adolescentes em todo o mundo, confirmado para o Rio de Janeiro e São Paulo, em dezembro deste ano. O da capital paulista será no Alianz Park, o estádio do Palmeiras, para 150 mil pessoas, e os ingressos foram esgotados em apenas duas horas de vendas. Isso é que é acreditar na ciência.