O prefeito Guto Gouveia não tem vida fácil para manter Aeroporto de Soure em funcionamento: além de proteção antibúfalo – cerca de arame farpado e um fosso de dois metros -, o aeroporto está outorgado para exploração pela Secretaria de Transporte do Estado, mas segue fechado por decisão da Anac/Divulgação.
Divulgação

Com o perdão do trocadilho, em se tratando de aeroporto, a Agência Nacional de Aviação tem deixado a Prefeitura de Soure a ver navios. Ou, em outras palavras, o céu não é de brigadeiro para o prefeito Guto Gouveia (foto no detalhe), a população e os visitantes que pretendem conhecer o Marajó. Semana passada, conforme a coluna informou, a Anac decidiu cancelar o cadastro do aeroporto e fechar a pista de pouso e demais instalações para operações por suposta falta de segurança. Não é bem assim. Desde junho de 2019, a administração de Soure tem se esforçado para manter o aeroporto operando com segurança: além de cerca, o prefeito Guto Gouveia mandou abrir um fosso de dois metros, vedando completamente o acesso de pessoas e animais à pista de pouso, além de destacar um funcionário como vigilante. A Anac ignora tudo isso e mantém a decisão, com enormes prejuízos ao município.

Nem call center funciona

Ano passado, a Prefeitura de Soure assinou convênio com a União para oficializar a exploração do aeroporto pelo município, mas a documentação se perdeu porque a outorga de exploração foi delegada a favor do governo do Estado, através da Secretaria de Transporte, com o compromisso de reformar e ampliar as instalações. Antes disse, todos os contatos entre a administração Guto Gouveia e a Anac foram frustradas simplesmente porque os endereços eletrônicos disponibilizados pela Agência para esse fim não funcionam, ou são direcionados para agentes que nada têm a ver com a questão. Para Guto Gouveia, “nunca foi tão difícil voar” para a região do Marajó.

O preço da ponte

E a tal ponte sobre o rio Camará, anunciada em Cachoeira do Arari pelo governador Helder Barbalho, deverá ficar pronta em um piscar de olhos, pois sequer necessita de pilares centrais. São cerca de 1900 metros de extensão. Resta saber o custo da obra, porque a reforma da Ponte de Outeiro deixou a engenharia paraense boquiaberta.