Menor das pontes construídas nas redondezas de Belém, a Ponte de Outeiro sofreu impacto violente, ontem, que resultou no desabamento do pilar central, imediatamente engolido pelo rio Maguari. Estado e prefeitura concentrarão esforços para a recuperação. População da ilha está parcialmente isolada/Fotos: Redes Sociais.  

O acidente que provocou o desabamento do pilar central da Ponte de Outeiro estava anunciado, mas, seguramente, vai para a conta do ex-prefeito Zenaldo Coutinho, como manda a infame praxe política. Senão, para Duciomar Costa, onde irá estancar para não respingar na administração anterior a ele. Hoje, no calor e no conforto da família, o governador Helder Barbalho, que está em tratamento de Covid contraída provavelmente nos Estados Unidos, para onde viajou no final de ano com a família, mandou avisar: o governo do Estado irá se juntar à Prefeitura de Belém para as devidas providências – e fica por isso mesmo, quer dizer, não há culpados a apontar, nem a responsabilizar.

Um sábio da política usou a seguinte expressão para anunciar o armagedon: “desgraça só quer começo”. No caso das pontes, pode ser uma verdade absoluta. O estado de abandono é recorrente e representa, na melhor das desgraças, um custo que poderia ser evitado, especialmente em se tratando de vidas humanas – que, convenhamos, parece ser o menos importante. Trata-se de um Estado que, quanto mais gasta, julga mais aparecer, ainda quer seja com perdas humanas. Ontem, desavisados moradores de Outeiro se arriscavam, aos nascer do dia, na travessia, a pé, para os compromissos diários. Deus é mais: a previdência chegou antes das autoridades.