Não é exagero dizer que a inabilidade política da diretora-geral de Educação de Belém, professora Aracelli Lemos, ao comparar professores da rede pública que têm se manifestado em defesa de direitos aos ‘invasores’ da Praça dos Três Poderes, em Brasília, dias atrás, tornou abismo o que era o fosso que separava a categoria vinculada ao Sintepp da gestão Ed 50.
O fato, ocorrido durante ‘Jornada pedagógica da rede municipal de educação’, arrancou vaias e aplausos, mas, diferente do que se possa imaginar, esses detalhes não representam equilíbrio algum, nem contra, nem a favor; muito pelo contrário: sobrou para o prefeito Edmilson Rodrigues, que segue acumulando perdas e danos na credibilidade assentada na suposta vontade cabana de fazer e acontecer. Isso é passado remoto. Ed 50 é outro e, pelo visto, habituou-se a fugir à luta.
Respeito e consideração
Nota de repúdio publicada ontem pelo Sintepp repudia e acusa a Prefeitura de Belém, através de sua diretora de Educação, de ter atacado covardemente os professores com uma atitude ‘infeliz e desrespeitosa’. Afirma que ‘manifestação pública é um direito’ e que, no evento ocorrido no Centur – a “Jornada pedagógica’ -, não houve depredações, incêndios e nem roubo; não feriu e nem foi uma tentativa de golpe, como ocorreu em Brasília. “Questionar não é crime, questionar não é ação da ultradireita bolsonarista: questionar e exigir é um princípio dos trabalhadores e trabalhadoras”, diz a nota, que exige “a saída desta senhora da Secretaria de Educação de Belém, pois ela não merece respeito e consideração da categoria”.
A luta continua
O Sintepp promete que seguirá defendendo direitos e que manterá sua pauta de reivindicações, com pagamento integral do piso salarial e equiparação do salário mínimo aos profissionais não docentes. “Não vamos admitir autoritarismo, intransigência e arrogância dessa senhora e de nenhuma pessoa”.