Dois contratos assinados pelas Secretarias de Planejamento e Administração, a Seplan, e pela Secretaria da Fazenda do Estado, a Sefa, com a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa, Fadesp – um com inelegibilidade e outro com dispensa de licitação – chamam atenção tanto pelos valores quanto pela curiosa noção de que as duas Secretarias não sabem ou não querem planejar, daí recorrerem a terceiros, pagando verdadeira fortuna – algo em torno de R$ 38 milhões.
A Secretaria de Planejamento, por exemplo, vai pagar mais de R$ 4,7 milhões para a Fadesp elaborar o Planejamento Estratégico de Longo Prazo do Estado do Pará-2050, enquanto a Secretaria da Fazenda contrata serviços de Apoio tecnológico e Científico, pagando à Fadesp mais de R$ 33.591 milhões – ou R$ 2,8 milhões por mês em um ano.
Escolhida a dedo
Especialistas consultados pela coluna apontam que esses contratos representam ‘verdadeiro manancial de irregularidades’ e explicam: em um contrato – Seplad-Fazesp – é aplicada a dispensa de licitação, e em outro – Sefa-Fadesp -, a inexigibilidade, isto é, dois institutos jurídicos diferentes para a mesma fundação, embora os objetos sejam diferenciados. Mais: o contrato firmado com a Sefa precisa de um tradutor, pois não há como entender, ao fim e ao cabo, sua finalidade.
Planejar é preciso
Se o contrato com a Sefa prevê “serviços especializados de apoio tecnológico e científico na área de governança da informação, qual é o papel da Prodepa, quem vem a ser a Empresa de Processamento de Dados do Estado do Pará? Outra curiosidade está no contrato firmado com a Seplad, através de inexigibilidade, que tem por objeto “Planejamento Estratégico de Longo Prazo do Estado do Pará-2050”, que chama atenção pelo fato de que nunca, em tempo algum se viu no Estado planejamento estratégico de tão longo prazo.
Mercado a margem
Em ambos os casos, os valores aplicados tiram o animus para qualquer trabalho técnico dos empregados da Prodepa e dos servidores da Seplad: os primeiros possuem expertise na área de TI do Estado e os da Seplad, expertise na área de planejamento, ambos com vencimentos na carreira que sequer chegam perto de dos valores de contratos de tamanha grandeza – sem falar que a Fadesp foi contratada para executar serviços em uma seara onde abundam técnicos qualificados no Pará.
Papo Reto
- Se bem andou, a prefeita Francineti Carvalho, de Abaetetuba (foto), já está no Egito, como convidada para participar de um painel na COP-27, ao lado das prefeitas de Cárceres, Mato Grosso, e Palmas, Tocantins.
- Pela primeira vez na história da humanidade, cientistas franceses avaliam que os filhos não são mais inteligentes que os pais.
- A causa estaria em uma certa “estagnação da inteligência”, motivada pelo excesso de tecnologia.
- O estudo aponta que no mundo hodierno os jovens assumiram posição passiva e pouco ousam, uma vez que “assistem tudo, mas não criam quase nada”.
- Um buraco imenso apareceu e cresce a olhos vistos na rua Aristides Lobo, entre travessa Frei Gil e Presidente Vargas, inclusive com vazamento de água limpa.
- O inverno amazônico nem bem chegou, mas os
alagamentos, que já não são mais “privilégio” das baixadas, afetam incontáveis pontos da cidade, inclusive em bairros nunca, antes vistos. - De janeiro a outubro, o preço do caranguejo vivo aumentou 15% nas feiras de Belém, segundo o Dieese. Bem acima dos 4% de inflação oficial. O que talvez justifique o fenômeno é a súbita e elevada pressão de demanda, a partir de várias cidades do Nordeste, aquecidas nos últimos meses pelo turismo.
- Fortaleza é quem mais consome caranguejo oriundo dos manguezais paraenses.
- O presidente eleito Lula da Silva atingiu mais de um 1 de acessos em seu Twitter após a eleição, números que, segundo ele, não param de crescer.
- E tem aproveitado a audiência para sondar a opinião da população acerca de vários assuntos.
- Na pesquisa que o futuro presidente fez pelo retorno do horário de verão, 62% votaram sim e 34% não.
- Os que votaram sim atuam nas áreas de hotelaria, turismo, bares e restaurantes, que faturam mais com a sol brilhando até tarde.
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