Bastidores da esquerda apontam que PT larga na frente para disputar prefeitura com vereadora Bia Caminha. No Psol, com gestão ED 50 em baixa, núcleo tenta se reposicionar com Lívia Noronha para a Câmara da capital e Nice Tupinambá para a de Ananindeua, mas há restrições da deputada Marinor Brito/Fotos: Divulgação.

O que se diz é que o ‘núcleo pensante’ do Psol tem se debruçado, desde a derrota fragorosa nas eleições deste ano, em diferentes alternativas para evitar desaparecer do mapa político do Pará, a partir dos comentários de que partidos de esquerda, capitaneados pelo PT do senador eleito Beto Faro, preparam a candidatura da vereadora Bia Caminha para disputar a Prefeitura de Belém.

Avaliações internas apontam que, se a eleição fosse hoje, o prefeito Edmilson Rodrigues dificilmente se reelegeria e o próprio Psol estaria sem condições de negociar ou refazer alianças políticas. Segundo se comenta, a candidatura Bia Caminha viria através da Federação que envolve PT e PCdoB, com Jorge Panzera, que teve desempenho pífio nas eleições, como vice.    

Espaço para o PT

Dividido internamente, o partido se agarra à ideia de dar mais espaço político na prefeitura para o PT e o PCdoB na tentativa de evitar o isolamento total. Quanto ao MDB, o que se diz é que o governador Helder Barbalho Helder segue mantendo distância do prefeito de Belém e já tem candidata à prefeitura para as eleições municipais. É ela mesma.

Mudança de rumo

Pensando no futuro possível, o núcleo também planeja lançar as candidaturas de Leila Palheta para a Câmara de Belém e de Nice Gonçalves, que concorreu – e nem passou perto – à Câmara Federal – à Câmara de Ananindeua. Esse desenho, porém, esbarra na insatisfação de Marinor Brito, que forçosamente prepara seu retorno melancólico à vereança, e de Lívia Noronha, candidata mais votada do Psol em Ananindeua. Nem Marinor, nem Lívia desejam dividir votos novamente com outras candidatas da tendência e da preferência da Primavera Socialista.  A última eleição bastou e deixou exemplos inestimáveis.