Grupo político ligado à atual secretária de Educação do Estado, Fátima Braga, como é conhecida na cidade, entregou a saúde publica à própria sorte: sem dinheiro para remédios, sem médicos e uma população inteira reclamando serviços/Fotos: Divulgação.

Quem visita o prédio em que hoje funcionam a Secretaria de Saúde e o Conselho Municipal de Saúde de Mocajuba tem, de cara, a exata noção da importância que o poderoso grupo da ex-prefeita Fátima Braga dispensa ao setor. Infiltrações generalizadas, goteiras, umidade, limo e mofo atentam contra a saúde dos servidores, proibidos de se queixar e obrigados a levar de casa até copos descartáveis para uso pessoal.

Além da constante falta, a indisponibilidade de remédios no hospital e postos de saúde de Mocajuba é queixa corriqueira na população, tudo porque, dizem, a prefeitura deve mais de meio milhão de reais a fornecedores, que fecharam a torneira. A “fartura” alcança até itens essenciais como insulina, analgésicos e anestésicos.

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Cereja do bolo do prefeito
de Bragança é um rio capaz
de afogar até políticos

O bolo político cantado – e enfeitado – em verso e prosa pelo prefeito de Bragança, Raimundo Oliveira – aquele que diz ser “barbalhista desde criancinha” – também tem cereja: é um rio, o rio Cereja, que corta a avenida que liga a cidade de ponta a ponta, com acesso inclusive à Praia de Ajuruteua, sobre o qual havia uma ponte de 25 metros, mais ou menos um ano atrás. A ponte ruiu e o acesso está interditado esse tempo todo – mas, melhor pular as consequências danosas desse episódio à população de Bragança e adjacências, uma vez que todos os caminhos passam pela mesma avenida.

Nunca é tarde demais

Ano passado, a conhecida rompança do prefeito anunciou a recuperação da ponte, ao custo de R$ 5 milhões, mas, o que se vê até hoje, em vez do levantamento de pilares, travessas e estacas é o irrompimento da insatisfação geral contra as ações do prefeito, suas pavulagens e gaiatices públicas – como a que prevê eleger esse e aquele candidato com os mesmos 38 mil votos conquistados como candidato a prefeito. Raimundão é um engodo público, mas somente agora, pelo visto, a população passa a perceber e a cobrar. Há quem diga que se conseguir levar a cabo a restauração da ponte, o prefeito terá caminho livre para “pegar o beco” e cantar em outra freguesia. Nas redes sociais, postagens que circulam na cidade colocam Raimundão como um “desqualificado”, colocando-o como responsável pela falência de pelo menos cinco empresas, não se sabe se ligadas a obras públicas.