Briga de foice no escuro é pouco para definir a disputa pelo poder na região sul e sudeste do Pará, onde se engalfinham, de um lado, o prefeito de Parauapebas, Darci Lermen e, do outro, o deputado estadual Chamonzinho, ambos alinhados com o governador Helder Barbalho – um mais, outro, nem tanto. A briga não é exatamente paroquial: ambos têm planos de expansão política montados da dinheirama que sustenta gastos desmedidos e estripulias administrativas, muitas delas sob investigação, principalmente no caso de Lermen, acusado de fazer farra com dinheiro público nas Arábias em companhia do seu supersecretário Keniston Braga, candidato a deputado federal. Chamonzinho corre pela beirada, assentando base nos arredores do Lago de Tucuruí e até em Cametá.
Ataque frontal
Para mostrar o que quer e como quer, Darci Lermen escalou três pesos pesados da sua administração para desestabilizar a tentativa de reeleição de Chamonzinho à Assembleia Legislativa: O atual presidente da Câmara de Vereadores, Ivanaldo Braz, o vereador Rafael Ribeiro, do MDB e a ex-secretária de Assistência Suely Guilherme, do PT. Na melhor das hipóteses, esse time deve obrigar Chamonzinho a usar mais dinheiro do que o previsto para se manter no cargo – embora, por óbvio, dinheiro não seja problema para ele.
Tião, foste, fui?
Outro nome de peso que vem de Marabá para disputar vaga na Assembleia Legislativa é Thiago Miranda, secretário de Esporte e Lazer do pai, o prefeito Tião Miranda, elevando para quatro os concorrentes de Chamonzinho. Em comum, esse grupo tem por objetivo varrer Chamonzinho do mapa – ele e, se possível, o deputado delegado Toni Cunha, que já vice do prefeito Timão Miranda. Thiago Miranda assinou a filiação ao MDB e acabou pacificando a relação do prefeito Tião Miranda com o governador Helder Barbalho.