O presidente da Federação Paraense de Futebol, Adélcio Torres, decidiu ignorar manifestação da toda poderosa Confederação Brasileira de Futebol, que defendia sua permanência na função até a eleição e posse de nova diretoria, e anunciou que passará o cargo, nesta segunda-feira, à presidente da Tuna Luso Brasileira, Maria Graciete Souza Maués, em obediência à legislação segundo a qual, em caso de vacância na presidência da Federação, assume o presidente do clube filiado mais antigo em atividade. Eliete, que recentemente derrotou alguns figurões na eleição da Lusa, assume segunda-feira. Caberá a ela convocar a nova assembleia eletiva na chamada “Casa do Futebol”.
Vão-se os anéis, ficam os dedos
Aliás, nessa mexida tipo “sem querer, querendo” no comando da Federação, quem vai se dar muito bem, obrigado é o atual vice-presidente, Maurício Bororó, que ocupa cargo fantasma de secretário-geral da entidade. O cargo não existe, mas já está tudo combinado: será criado pelas mãos da nova presidente, Graciete Souza, dando plenas condições para que Bororó trabalhe livremente para eleger a mulher dele vice-presidente de Adélcio Torres. Na Federação, mudam as pessoas, quando mudam, mas os vícios continuam.
Liga fantasma atua na escuridão
O candidato a vice-presidente da chapa encabeçada por Ricardo Gluck Paul, Ricardo da Silva Oliveira, é o presidente da chama Liga das Associações de Futebol do Interior, a Alidesp, com sede em Altamira. Outro arranjo. Esse Ricardo é acusado por Sávio Barbosa de usar o nome da Federação para receber verbas federais, através do deputado Vavá Martins – R$ 300 mil – para abastecer a candidatura de Gluck Paul, que, da noite para o dia e por razões não identificadas, perdeu o apoio do governador Helder Barbalho, que passou a apostar em Adélcio Torres. Nada que a Justiça não possa dar um jeito, se assim o desejar.