Enquanto o governo do Estado desmonta o Aeroclube para a construção do projeto do Parque de Belém e incorpora mais aeronaves para atender autoridades, setores da segurança e pacientes do interior, as empresas de táxi aéreo tratam de voar para longe, a fim de manter seus negócios em funcionamento. O Estado de Roraima tem atraído algumas empresas paraenses que não conseguem mais manter suas operações a partir de Belém, situação que deve piorar segundo previsões do setor. Para quem não sabe, a capital paraense “já teve” o maior hub aéreo de aeronaves de pequeno e médio porte e uma escola de formação de pilotos que era referência em todo País.
Transferência sempre
foi o nó górdio da questão
Quem acompanha a história tem conhecimento de que desde que o engenheiro Nelson Chaves propôs a construção de um parque na área do atual Aeroporto Protásio Lopes de Oliveira, empresas de táxi aéreo perderam o céu de brigadeiro em que navegavam. A transferência do espaço, de responsabilidade do governo, ficou entre a promessa e a esperança. Quando o Ministério da infraestrutura enfim cedeu a área ao Estado, também mandou no pacote a ideia de transferir as operações do Aeroclube temporariamente para o Aeroporto de Belém, mas, operacionalmente, a solução só se dará em cinco anos.
Estação de guerra,
escola de pilotos e negócios
A desativação completa do Aeroclube só acontecerá após as obras de adequação do Aeroporto de Belém para garantir a continuidade das operações da aviação geral, sem impactos. “É bom deixar claro que a aviação geral não será prejudicada ou impactada. Nenhuma operação será descontinuada durante este processo”, prometeu o ministro Tarcísio Freitas em nota à imprensa. Deu no que deu. O Aeroclube existe desde 1937, passou a ser de uso militar exclusivo em 1945 e foi homologado e aberto ao tráfego aéreo civil em 1975, sendo explorado comercialmente desde então.