E deu-se o fato – que não influi, nem contribui, nem representa nenhuma novidade; muito pelo contrário – de que o candidato do PL ao governo do Estado, senador Zequinha Marinho, volta a tropeçar – ou a chutar? – em acordos e muda de lado na dobradinha com Mário Couto ao Senado, candidato do mesmo partido, para se atracar com a candidatura de Marcio Antônio (Sabbá) Correa, do Partido da Mulher Brasileira. O que parece lembrar letra de um samba no nome do partido do novo aliado, na verdade é visto como mais uma traição à lá Zequinha no meio político.

Futricas à parte, a coluna cantou essa pedra mês passado. Havia fogo nos bastidores. A primeira centelha foi acesa durante viagem dos candidatos Zequinha Marinho e Mário Couto ao sul do Pará, quando as duas equipes de campanha se desentenderam sobre estratégias que deveriam ser adotadas na disputa por votos. Aqui e acola aparece uma equipe contratada que se julga acima do próprio candidato. De lá para cá, os dois candidatos bicudos não se beijam, se é que o fizeram um dia.

Para chamar de seu

Observadores mais críticos avaliam que a campanha de Zequinha Marinho nunca teve cara de campanha, mas isso pode ser apenas ilação. O certo é que uma das maiores preocupações do candidato ao governo é eleger a mulher, Júlia Marinho, à Câmara Federal, mas também isso pode representar um equívoco. O certo é que, em palanque, Zequinha Marinho puxa mais pelo nome dela do que pelo nome do candidato ao Senado e agora aparece ao lado de Sabbá, este sim, o candidato que poderá chamar de seu, conforme se observa no vídeo nesta edição.

“Namoro” é antigo

Nos bastidores, o que se diz é que Zequinha queria que Mário Couto ‘colasse’ nele em todos os municípios e Mário o fez, algumas vezes, até a visita ao sul do Pará. Sugeriu mudanças no esquema, mas a equipe de Zequinha, dizem, tem dificuldades de acatar sugestões. Além disso, essa situação de aproximação com o candidato Sabbá não é nova: circularam materiais de campanha dele com a imagem do Zequinha, que foi alertado ‘para não cometer infidelidade partidária’. A resposta do senador viajou através de um assessor de campanha avisando que se tratava de ‘material fake’. Bem, parece que não era não…

Não dá para entender

O que chama a atenção é a troca de um candidato que aparece entre os mais votados, senão o mais votado, como é o caso de Mario Couto, por outro cuja preferência não ultrapassa a casa dos 2%, conforme os levantamentos mais recentes. Será o hábito de Zequinha de trocar de lado quando menos se espera, como aconteceu com o ex-governador Simão Jatene, que perdeu a preferência de Zequinha pela família Barbalho? Com a palavra, o candidato que hoje ocupa o primeiro lugar entre os mais mal falados, do governo ao Senado, passando pela  Câmara Federal, até a Assembleia Legislativa do Estado.

• Dois fatos chamam atenção no ranking dos políticos brasileiros, disponível no portal políticos.org.br para nortear a escolha do eleitor.
• Primeiro, somente dois parlamentares do Estado – o deputado federal Júnior Ferrari, do PSD, em 22⁰ lugar, com nota 7,79, e Joaquim Passarinho, do PL (foto), em 27⁰, com 7,75 pontos figuram na lista dos 100 melhores políticos, considerando critérios como presença nas votações, economia de verbas e ativismo anticorrupção.
• Segundo, a completa ausência de parlamentares do PT, Psol, PSB, PC do B no ranking. Já não se faz esquerda como antigamente.
• Alimentado com os generosos milhões do Fundo Eleitoral, tem Pinto que deve sair da campanha com o tamanho de um chester, mas pode acabar no forno.
• As árvores de Belém estão impedindo a visão dos semáforos por falta de poda. O risco de acidentes é enorme, avisam condutores de plantão.
• Todo cuidado é pouco para quem trafega pela BR-155, trecho Eldorado dos Carajás-Distrito de Rio Vermelho, em Xinguara. São 50 quilômetros de asfalto derretendo e crateras que só o Dnit não vê.
• Belém foi a única capital onde o preço da cesta básica subiu:  0,27%. A queda mais expressiva no valor da cesta básica ocorreu no Recife (-3%), seguida por Fortaleza (-2,26%), Belo Horizonte (-2,13%) e Brasília (-2,08%).
• Para se ter ideia da carestia em Belém, o preço do leitei subiu 16% por conta do frete, que pesa mais de 60% no preço dos alimentos.
• Moradores da Vila Paulina, no coração do Umarizal, andam na rua de lamparina e vela, pois a alameda segue há quatro meses na escuridão.
• O empresário Márcio de Oliveira, segunda geração da família Puro Mel, do município de Pau D’Arco, no sul do Pará, festeja a impressionante marca de 30 mil unidades de pão de mel vendidas por mês.  Em Pau D’Arco, comer e levar pão de mel pra casa, inclusive de cupuaçu, virou lei para quem visita o município. O case de sucesso começou há 14 anos, no rastro da pujança da apicultura local.