A volta às aulas na rede municipal de ensino, na última segunda-feira, rendeu uma saraivada de denúncias contra a Secretaria de Educação de Belém ao Sintepp, agora posicionado francamente contra a gestão municipal comandada por Edmilson Rodrigues. “Ex-combativo companheiro”, Ed 50 não é sequer a sombra da figura que marcou sua primeira administração a favor dos fracos e oprimidos ou que os valha, devendo, aliás, ter se sentido ofendido, em uma delas, pela “acusação” de prefeito criança que lhe foi imputada por ações que se destacaram em favor da educação. Mas, voltando às aulas, uma das denúncias encaminhadas ao Sintepp-Belém envolve a Escola Cordolina Fonteles, no bairro da Pratinha, que se encontra em situação lastimável.
Com obras de reforma paralisadas há quase um ano, o prédio está sem infraestrutura nenhuma, mas foi aberto à comunidade escolar. Segundo as denúncias, a direção da escola imposta pela Secretaria de Educação, uma vez sem a consulta prévia à comunidade escolar, não apareceu para dar explicações aos pais e alunos, já que não poderia resolver os problemas estruturais.
Promessas ao vento
O Sintepp-Belém tem feito muita pressão sobre a Semec para resolver a situação. Todas as promessas da Secretaria deram em nada. Segundo a professora Mirian Sodré, secretária-geral do Sindicato, “é necessário resolver o quanto antes a situação da reforma das escolas. A demora tem prejudicado as crianças e dificultado a vida de pais e responsáveis que precisam trabalhar e contam com a escola como rede de apoio”.
Falta merenda escolar
Outra queixa do Sindicado envolve a merenda escolar. “A prefeitura responsabiliza a Fmae e esta responsabiliza a Semec. O fato é que falta proteína e a merenda não satisfaz a necessidade das crianças. Se não ocorrer avanço nestas questões, o Sindicato vai acionar o Ministério Público e exigir providencias”, informou a secretária-geral.
Bom enquanto durou
Em 2016, funcionando e equipada, a Escola Cordolina Fonteles participou do Plano Integrado de Prevenção à Violência nas Escolas e comunidades de entorno, na parceria entre o governo do Estado e a Prefeitura de Belém. A programação de encerramento, aliás, ocorreu na escola.
A ideia era levar para dentro das escolas mais efetivo de segurança e palestras, com ações de melhoria na iluminação, poda de árvores, ações de saúde, entre outros. A escolha dos bairros pelos quais o projeto foi iniciado levou em consideração os índices de criminalidade e também um diagnóstico socioterritorial, elaborado pela Funpapa.
O trabalho foi aprovado pelos pais das crianças, principalmente pela presença da Guarda Municipal levando ações de segurança e educativas. Foi bom enquanto durou: seis anos depois, a escola sequer oferece segurança alimentar por parte da Secretaria de Educação.