Comunidade acadêmica ou não sabe distinguir dia facultado ao trabalho de dia de feriado ou embarca na conveniência das ideias e se dá folga que o MPF pode cobrar, tanto do reitor Emanuel Tourinho quanto da reitora Herdjania Veras/Fotos: Divulgação.

Professores,  funcionários e alunos da UFPA e da Ufra que decidiram trabalhar na última  sexta 22, dia em que o ponto foi facultado no serviço público federal,  tiveram a impressão de que não deveriam ter tomado decisão tão temerária por conta do verdadeiro rosário de percalços que tiveram de enfrentar para exercer o sagrado direito de laborar e estudar.  Os portões das instituições simplesmente foram fechados, como que para intimidar os incautos trabalhadores e discentes.  A partir daí seguiu-se  o cenário de horrores, principalmente na UFPA: portas de salas de aulas e de professores cerradas,  portões de centros administrativos no cadeado,  prédio da Reitoria às moscas, empresa de limpeza e de  segurança desmobilizada.

Não bastasse, os dois restaurantes universitários não funcionaram,  o que levou um servidor a observar que, pela primeira vez, uma empresa privada,  no caso a administradora dos restaurantes,  gozou ponto facultativo.  Advogado ouvido pela coluna  comenta que, nesse caso, a Reitoria da UFPA deve descontar o dia de trabalho do pagamento integral do contrato de prestação de serviço relativo ao mês de maio, por conta dos serviços não prestados e o consequente prejuízo aos cofres públicos, sob pena de o reitor incorrer em crime de prevaricação e dano ao erário,  situação da qual o MPF deve se ocupar.

O infame “jeitinho”

O que as respectivas Reitorias devem fazer é informar à comunidade acadêmica que ponto facultativo não é feriado.  Como o nome diz, é facultativo – por óbvio, opcional – ao servidor não comparecer ao trabalho e não ser penalizado, ou comparecer normalmente sem bônus adicional.  O que cabe ao serviço público,  de acordo com a lei, é prover todas as condições estruturais e de logística para proporcionar o exercício dos serviços,  o que, ao que parece, os magníficos reitores parecem não saber ou,  quem sabe, fazem questão de nem saber. 

Papo Reto

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