Paralisia eleitoral estaria causando desconforto entre profissionais que integram equipe de campanha de Helder até mesmo por parte do único concorrente ao cargo, o senador Zequinha Marinho/Fotos: Divulgação.
 

Helder Barbalho é uma campanha política personificada e não precisa rebuscar além do que a vista alcança para relatar: sua campanha em busca da cadeira de governador começou em 2014, ainda para a eleição em que foi derrotado por Simão Jatene, e não parou até hoje, quase quatro anos depois de se eleger vencendo Márcio Miranda. Hoje, com o controle quase absoluto da Assembleia Legislativa, da esquerda assentada na Prefeitura de Belém e de outros setores, Helder – senão seus advogados de plantão – se sente só e sem adversário para brigar, exceto o eleitor, mas isso fica para as urnas, em outubro. Não à toa, aliás, seus advogados não veem sinais de fumaça nem no candidato de oposição ao governo, o quietíssimo senador Zequinha Marinho. 

Advogado encastelado na Casa Civil do governo anda comentando que a equipe de Helder Barbalho está preocupada, porque sua excelência o governador não vem sendo “atacado” pelos adversários políticos, o que o grupo de especialistas eleitorais do governo considera “ruim”, porque seria “muito bom” para a campanha. Entenda o que o rapaz pretendeu dizer, ainda que em uma linguagem parecida com o português: “falem mal, mas falem de mim”, ou mais ou menos isso. E faz sentido.

“Sentenciados na Covid”

A única coisa que não parece clara nos comentários do advogado é o comentário segundo o qual “se o governador ganhar a eleição, a galera do escândalo da Covid já está sentenciada”. Das duas, uma: ou nem o governo tem certeza da vitória, ou o mesmo governador está fazendo pouco caso do buraco em que seus auxiliares próximos se meteram por supostos desvios de dinheiro da saúde em plena pandemia.

Nos dois casos, a coluna aceita comentários.

Favas contadas

Segundo o diretor do Instituto de Pesquisas Veritate, Vladimir Araújo, a liderança do governador Helder Barbalho na corrida ao governo do Estado está consolidada e o eleitor já fez sua escolha entre os candidatos que se apresentam. Ele destaca que os índices de eleitores indecisos  não devem alterar o resultado porque a tendência, na reta final, é a maioria votar no candidato que está na frente. Vladimir aponta apenas um cenário que pode  atrapalhar a eventual  campanha de Helder:  o presidente Bolsonaro crescer sobremaneira no Pará,  arregimentar votos para o candidato Zequinha Marinho na composição de chapas e alterar esse quadro a favor do concorrente.