O encontro promovido pelo PTB no Radisson Hotel,  hoje, esteve mais para “saco de gatos” do que para partido político. Com o gato ausente, o líder da agremiação Roberto Jeferson, em prisão domiciliar, os ratos de plantão fizeram a festa. Não se sabe quem é, quem está e nem quem manda/Divulgação: Redes Sociais.

No evento promovido pelo PTB, na manhã de hoje, no Hotel Radisson, o deputado estadual Delegado Caveira, do PP, que participou sabe-se lá o motivo, disse uma verdade: “Tenho imunidade para mentir, mas falo a verdade”. Faz sentido quanto à imunidade – e a coluna não vai entrar no mérito do comentário conclusivo, mas uma coisa não pode passar em branco: o delegado federal Everaldo Eguchi, que não tem imunidade coisa nenhuma, é um mentiroso contumaz, fanfarrão e oportunista. Um hara-kiri no melhor estilo oriental lhe cairia bem: é com esse ato extremo que os orientais costumam lavar suas culpas diante da sociedade, mas os atos extremos de Eguchi são amorais, quando não, imorais e engordam.

Aliás, se o eleitor paraense exigisse medidas extremas para extirpar políticos inservíveis da vida publica levaria, no mesmo pacote, o pastor Josué Bengtson, outro mentiroso. No encontro, o santo homem teve a cara de pau de dizer que havia falado com o presidente do PTB, Roberto Jeferson, ontem. Tenha dó, pastor: Roberto Jeferson está em prisão domiciliar, como todo mundo está careca de saber, e com restrições impostas pela Justiça para tratar de assuntos políticos. Não à-toa, depois da asneira do pastor, o filho de Roberto Jeferson, Roberto Jr., deixou a reunião, preocupado com as implicações da declaração de Bengtson, que jogou tanto para a plateia quando para o governador Helder Barbalho.

Quem é que manda mesmo?

O evento promovido pelo PTB foi um constrangimento total. O partido prometeu uma coisa e fez outra completamente diferente, inclusive com personagens que não caberiam no papel. No início deste mês, Eguchi fez publicar informações segundo as quais assumiria a presidência do partido no Pará: mentira. Ontem, Josué Bengtson assumiu o comando da reunião e falou como se presidente fosse: outra mentira. Sequer confessou que, sob pressão, já renunciou. O dono da vaga de presidente da Executiva do PTB no Pará é desconhecido. Cássio Ramos, secretário nacional, veio de Brasília para representar a direção do partido e acabou decepcionado com o que viu. O filho de Roberto Jeferson, dado como eventual presidente, será candidato à Câmara Federal.  E mais não se sabe.

Simão Jatene pela tangente

Não por outra razão, mas pelas vaias que Josué Bengtson tomou durante sua fala, o encontro organizado pelo PTB não foi de todo perdido. Tem muita gente insatisfeita com a atual administração do Estado. Isso ficou claro quando o pastor anunciou que, “em Brasília, o PTB está com Bolsonaro; no Pará, com Helder Barbalho”. Bem fez o ex-governador Simão Jatene, convidado a prestigiar o evento como observador. Fosse outro, Jatene, que se recusou a participar da mesa, nem ficaria até o final. Agiu diplomaticamente, como manda a regra, e deve ter “entendido” o caos no PTB. Observação é para isso mesmo. No mais, falou e falou e mandou recados, com críticas à gestão do governador Helder Barbalho, alvo de várias ações da Polícia Federal, e destacou, comparando os 18 grandes hospitais que construiu e que salvaram vidas na pandemia. Veja o vídeo, ouça o áudio: