A professora Edilza Fontes, secretária de Ciência e Tecnologia do Estado, alvo de diligência da Procuradoria-Geral acusada de atacar procuradora de Justiça, teve que desfazer decisão por decisão superior/Fotos; Divulgação.

A mandatária de plantão na Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado, professora Edilza Fontes, recebeu a inusitada visita de técnicos da Procuradoria-Geral do Estado, dia desses, por conta de sua destrambelhada e confusa gestão. A vítima teria sido a procuradora Jurídica da Secretaria, que se dirigiu à PGE acusando Edilza Fontes de assédio moral e outras impropriedades, até a de expulsar a procuradora de sua sala de trabalho, sob os olhares de atônita, mas habituada plateia.

E deu-se o fato de que, ao chegar ao trabalho, a procuradora conta que foi agredida e não contou conversa: foi até a Procuradoria-Geral e denunciou a situação, o que acarretou a diligência onde a professora Edilza Fontes teria sido obrigada não somente a devolver o espaço, como a ceder novo gabinete – deslocando o diretor Administrativo e Financeiro para os fundos – e entregando a sala de volta à vítima.

Velas para todo santo

Diz a lenda que a professora Edilza Fontes costuma acender velas para todos os santos disponíveis, segundo sua conveniência. Autodenomina-se ‘afilhada’ do governador Helder Barbalho, ‘adora’ a mãe do governador, deputada federal Elcione Barbalho, e teria pelo professor Carlos Maneschy, que a antecedeu no cargo do qual se desincompatibilizou para concorrer a cargo eletivo, imensurável respeito, mas, no fundo, no fundo, trabalha para eleger antigos e atuais companheiros. Isso é fato na Secretaria, no gabinete do Governo e na Câmara Federal, onde esse comportamento ecumênico não é bem visto.

A lista aumenta mais

Não à toa, a professora Edilza Fontes faz parte de uma lista de auxiliares que está sendo elaborada a várias mãos para ser oferecida pelo núcleo do governo à avaliação do governador Helder Barbalho como ‘dispensáveis’ em eventual nova gestão, para a qual o governador prevê criar uma equipe mais técnica e menos política. Alinha-se na lista ao secretário-adjunto de Obras, Arnaldo Dopazo, por ações escandalosas nas obras do Mangueirão e ao menos um secretário de Estado, tido como ‘estradeiro’, sem falar em reconhecido estorvo de cor verde-claro-cinza.  

Helder, Lula e Edmilson vestidos a caráter e à cubana/Divulgação-Redes Sociais

Helder ‘fecha’ trânsito no
Ver-o-Peso acendendo
vela para Simone Tebet

Falando em acender velas para todos os santos, o governador Helder Barbalho não deixa por menos. Ontem, sob a cândida justificativa – publicada em suas redes sociais – de que fora ‘convidado a participar de uma plenária valorizando a nossa cultura, a nossa arte e a nossa dança’, Helder dividiu palco com o candidato Lula, no Teatro da Paz, e o prefeito Edmilson Rodrigues, trajado a caráter como as demais figura e atores. Detalhe, afinal, a coluna também é cultura: enquanto Lula e Edmilson ostentavam estilosas guayaberas, que são as camisas típicas de Cuba e de parte do Caribe, o governador se apresentou com uma autêntica camisa marajoara, a vestimenta de gala dos vaqueiros da Ilha do Marajó.

Mas, voltando às velas, Helder era visto hoje de manhã fazendo uma das coisas que lhes são mais peculiares – ajudar no engarrafamento da cidade. Foi no Ver-o-Peso, onde participou da visita da candidata do MDB à presidência da República, Simone Tebet. A cena era típica: bandeiras na cor azul, dezenas de veículos e centenas de policiais militares e uma multidão presa no trânsito caótico do todo santo dia.  

Políticos parecem não entender: todas as vezes que causam desconforto à população, principalmente a da capital do Pará, calejada de problemas no trânsito, acabam dando um tiro no pé – exceto no das pessoas que lhes dão apoio ganhando uns trocados para exibir bandeiras que depois acabam virando pano de chão, quando não são deixadas nas ruas.

Trânsito fechado no Ver-o-Peso na visita de Simone Tebet/Divulgação-Redes Sociais