Governador Helder Barbalho tem pressa, mas cronograma de obras não será cumprido por absoluta falta de tempo, deixando setores importantes do complexo, como a rampa de saída e a pista de atletismo para os meses seguintes/ Fotos: Divulgação-Agência Pará.

O que se diz é que o Consórcio Construtor do Mangueirão já sinalizou ao governador Helder Barbalho com as dificuldades de entregar a obra na data prevista. O governador reagiu, por óbvio, e mandou o consórcio apertar o passo. Dito e feito. A previsão de inauguração, dia 24 deste mês – ou seria 5 de outubro? – estaria ‘fechada’, mas a obra, conforme a coluna já antecipou uma ou duas vezes, será fatiada a perder de vista.

Pelo sim, pelo não, a terceira licitação aberta pelo governo para, senão concluir, ao menos avançar ao máximo com o projeto vai custar mais R$ 73,119.540,56 milhões e tem conclusão prevista de oito meses.  

O que chama atenção nessa licitação é o valor estimado para a cobertura em lona – R$ 53.643.598,15 –, que corresponde a 73,36% do valor contratado e não tem selo de garantia de que o público estará protegido de chuva. O valor correspondente às obras de construção da pista de atletismo, que era de R$ 1.775,435,59 na licitação original, saltou para R$ 10. 370,986,86. As informações estão no site Compras Pará.

Inauguração capenga

A conversa corrente é de que o Mangueirão será reinaugurado dia 24 deste mês, segundo o prazo dado pelo governador, mas será capenga: a pista de atletismo não irá aparecer e ficará para uma segunda etapa. O custo com o material para o piso é alto. O chamado ‘Vomitódromo’, que não é exatamente o que a palavra sugere, também não será finalizado. Trata-se de uma rampa, em forma de leque, que liga a saída das arquibancadas à rampa principal, projetada para facilitar a saída do torcedor. Esse equipamento, contudo, não está pronto e pode ser improvisado em ferro. Os vestiários estão concluídos, mas a preocupação é o estacionamento, a ser concluído aos ‘45 minutos’.

Projeto para o entorno

O secretário de Obras, Rui Cabral, está com a missão, dada pelo governador, de apresentar um projeto para aproveitamento do restante da área no entorno do estádio. Há algumas ideias, mas nada finalizado. Uma delas é a construção de um prédio para abrigar todas as federações esportivas, inclusive a associações de profissionais ligados ao esporte.

Legado da Copa 2014

Fala-se em adaptar o Ceju para um CT Multiuso, que poderia ser utilizado pelos times de futebol profissional, mas há um entrave: o Ceju é legado da Copa do Mundo de 2014 e não poderia ser alterado em sua estrutura, que é voltada ao esporte amador, de preferência ao futebol feminino.

O Mangueirão já tem um diretor escalado pelo governador Helder Barbalho, mas subordinado à Seel:  Maurício Bororó, cunhado do ex-deputado Afonso Seffer, começará a trabalhar quando o estádio for reinaugurado. Como o custo operacional para a manutenção do estádio é alto, o governo tem interesse em parcerias para reduzir despesas.

Papo Reto

Divulgação
  • Entrevistado ontem em um canal de podcast, o ex-deputado Márcio Miranda (foto), foi enfático: “Nem Zequinha, nem Helder. Onde eles estavam na última eleição? A guerra é deles, não minha”.
  • Aliás, Márcio Miranda é pole position na preferência popular em Castanhal para a Câmara Federal. Segundo a última pesquisa Doxa, Márcio se destaca com 27,9% das intenções de voto.
  • O governador Helder Barbalho não é bobo, nem nada; antes, só quer saber dele, ou já não confia na eleição do ex-presidente Lula.
  • Em muitos carros com adesivo do governador não se vê mais a imagem de Lula, mas a Bandeira Brasileira e até adesivos de Bolsonaro.
  • Agitar bandeirinhas de Helder custa R$ 250 por semana. Pela quantidade que se vê em Belém e no interior dá para medir o custo da campanha nesse quesito.
  • Famoso tacacá vendido religiosamente à rua Municipalidade, entre Doca e Passagem Vila Rica, desapareceu da cena de Belém.
  • Ontem e hoje, a Mineração Rio do Norte apresenta, nos painéis “Inovação no ESG da Mineração e Mining Hub” e “Mineração na Amazônia”, da Expo & Congresso Brasileiro de Mineração 2022, suas principais iniciativas para uma mineração responsável na Amazônia.
  • O evento reúne empresas e entidades do setor mineral da América Latina para debater cenários e tendências do segmento.
  • No congresso, o Ceo da MRN, Guido Germani abordará as principais ações sustentáveis para o cuidado com o meio ambiente e as pessoas.
  • Proibido fazer marola em tempos de eleição: o que se diz nos corredores do Sistema de Segurança Pública é que o inquérito que investiga a ‘Tragédia de Cotijuba’ saiu da alçada da Polícia Civil para a Guarnição Fluvial. Vai virar inquérito administrativo e ponto final.